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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, avaliou nesta quinta-feira, 04 que a queda de 7,6% nas vendas de veículos em agosto ante julho é consequência de uma série de eventos ruins do cenário macroeconômico e político brasileiro, não diretamente relacionados ao setor. Sem citar detalhes de que motivos foram esses, ele afirmou apenas que o resultado veio abaixo da expectativa da entidade, após um mês "extremamente conturbado".
Questionado pela imprensa, ele citou que um dos aspectos que influenciaram a queda foi a tragédia que matou o ex-governador de Pernambuco e então candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. "Tivemos uma tragédia com comoção em todo o País, com alteração nas candidaturas", afirmou, completando logo em seguida: "Não dá para fazer uma relação direta, mas no Nordeste, por exemplo, a queda (nas vendas) foi 20% maior do que a média nacional". Segundo ele, o acidente gerou "clima diferente" no mercado como um todo.
Apesar da queda nas vendas no mês passado, Moan afirmou que a previsão é de que, no segundo semestre deste ano, o setor volte a crescer. Na avaliação do presidente da Anfavea, a situação difícil que a indústria automobilística passa atualmente, com queda nas vendas e demissões, é pontual, de ajustes de estoques do setor por meio de ajuste da produção. "Toda essa redução de quadro de pessoal ainda está acima do compromisso firmado em maio de 2012", ponderou.
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Moan informou ainda que só deverá alterar a previsão de queda de 5,4% nas vendas em 2014 em outubro. De acordo com ele, só a partir do décimo mês do ano será possível revisar a projeção, após análise das medidas do Banco Central para injetar crédito na economia. Ele adiantou que as mudanças já "deram bastante reação" no setor. "Desafio é grande de atingir (essa projeção), mas já disse que não iríamos ficar alterando essa estimativa a cada resultado", comentou.