Economia
Embora alimentos e tarifas de eletricidade residencial tenham dado uma trégua, o aumento de impostos que incidem sobre a gasolina impediu que o alívio fosse maior no bolso dos consumidores
Continua depois da publicidade
A inflação varejista teve uma desaceleração tímida em fevereiro. Embora alimentos e tarifas de eletricidade residencial tenham dado uma trégua, o aumento de impostos que incidem sobre a gasolina impediu que o alívio fosse maior no bolso dos consumidores. Na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) referente a fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,02%, contra alta de 1,06% em igual índice do mês passado.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), as hortaliças e legumes bastante pressionadas em janeiro, com alta de 11,74%, desaceleram a um avanço de 2,93% neste mês. Com isso, a inflação do grupo Alimentação caiu a menos da metade, de 1,49% para 0,72% no período.
Além disso, outros três grupos perderam força na passagem do mês: Habitação (1,37% para 1,13%), Vestuário (0,05% para -0,12%) e Comunicação (0,50% para 0,33%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens tarifa de eletricidade residencial (6,86% para 3,37%), roupas (-0,03% para -0,51%) e pacotes de telefonia fixa e internet (1,51% para -0,05%), respectivamente.
Continua depois da publicidade
No sentido contrário, o aumento da alíquota de PIS/Cofins que incide sobre os combustíveis impulsionou o preço da gasolina. O item registrou alta de 2,52% apenas na segunda prévia de fevereiro. As tarifas de ônibus urbano também contribuíram, acelerando de 3,34% para 4,64%. Com isso, o grupo Transportes saiu de um avanço de 1,04% no mês passado e subiu 2,22% na leitura anunciada hoje.
Os três grupos restantes também aceleraram no período: Despesas Diversas (0,76% para 1,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,31% para 0,40%) e Educação, Leitura e Recreação (1,04% para 1,07%). Nestas classes de despesa, os destaques partiram dos itens cigarros (1,27% para 2,23%), salão de beleza (0,91% para 1,35%) e cursos formais (2,83% para 2,96%), respectivamente.
No caso de Educação, Leitura e Recreação, a aceleração veio a despeito do recuo de 19,12% nos preços de passagens aéreas neste mês.
Continua depois da publicidade
Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,61% na segunda prévia do IGP-M de fevereiro, contra alta de 0,46% no mês passado. O resultado foi influenciado pelo índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços (0,47% para 0,87%), já que o custo da mão de obra desacelerou de 0,46% para 0,37% no período.