Economia

Alckmin propõe fim da tributação dos investimentos em saneamento básico

O governador lembrou que São Paulo sofreu uma das piores crises hídricas de sua história, em 2014, devido à seca

Agência Brasil

Publicado em 20/03/2018 às 15:31

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Os governadores do DF, Rodrigo Rollemberg de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, durante o Painel Crises Hídricas no Brasil / José Cruz/Agência Brasil

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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), propôs o fim da tributação dos investimentos em saneamento, ao participar de painel sobre crises hídricas no Brasil, no 8° Fórum Mundial da Água, em Brasília.

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“Precisamos de recursos para investir em saneamento básico, para ter água tratada, esgoto sanitário. Então minha proposta era que não houvesse tributação sobre saneamento básico”, disse. Alckmin propôs o fim da tributação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre investimentos em saneamento.

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Alckmin lembrou que São Paulo sofreu uma das piores crises hídricas de sua história, em 2014, devido à seca. “Conseguimos economia de 15%, que se manteve depois de passada a crise, com o uso racional da água”, disse.

Para superar a crise, o governador afirmou que houve conscientização da população para a economia do recurso natural, com desconto no pagamento da conta de água para os moradores que economizam; redução das perdas com substituição da tubulação; compra de bombas para retirar água do volume morto; recuperação de matas ciliares; aumento da capacidade de reserva de água; e interligação de bacias.

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Crise hídrica no Distrito Federal

O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), também participou do painel. O DF enfrenta atualmente crise hídrica com racionamento de água. Rollemberg disse que Brasília cresceu muito rapidamente e atualmente está com 3 milhões de habitantes, além de 1 milhão de moradores do entorno.

Para o governador, no Distrito Federal e principalmente no seu entorno, houve uma “cultura de ocupação desordenada do solo”, o que gerou impacto na Barragem do Descoberto, principal responsável pelo abastecimento da região. Ele também citou como fatores para a crise a falta de investimentos em captação e fornecimento de água nos últimos 16 anos, associado ao volume de chuvas abaixo da média histórica.

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Para solucionar a crise, Rollemberg citou investimentos em saneamento, a obra de captação de água da represa de Corumbá e maior fiscalização para conter ocupações irregulares e poços sem autorização.

Integração da gestão da água no Brasil

O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, destacou que é preciso fazer investimentos para ampliar e modernizar o sistema de abastecimento do país.

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Segundo o ministro, o país tem cerca de 11% da água doce do planeta, mas a distribuição territorial não é uniforme. “Temos de intensificar a cooperação entre os órgãos governamentais. É importante que os estados estejam integrados, otimizar as estratégias de uso racional”, disse.

Ela acrescentou que também é “determinante” revitalizar o rio São Francisco, buscar integração entre baciais das regiões do Brasil e investir em saneamento básico.

“No momento em que constatamos que a escassez hídrica e a insegurança hídrica não mais se reportam apenas ao Nordeste, é fundamental que as intervenções passem por um diálogo federado”, acrescentou o ministro.

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