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Vírus 'zumbi' podem causar nova pandemia devido ao derretimento do Ártico; entenda

Cientistas já começaram a trabalhar em formas para evitar o agravamento da situação

Gabriel Fernandes

Publicado em 22/10/2024 às 19:10

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Cientistas já estão realizando uma rede de monitoramento para identificar os primeiros casos das novas doenças que surgem neste cenário / Jean-Christophe André/Pexels

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Por conta do constante aquecimento da terra, vírus antigos congelados no pergelissolo do Ártico podem ser libertos e desencadear surto de doenças e até mesmo uma nova pandemia. As informações foram divulgadas por cientistas, ao The Guardian.

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Para evitar o agravamento da situação, os cientistas estão desenvolvendo uma rede de monitoramento no local para identificar os primeiros casos de doenças causadas por microrganismos antigos.

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Essa ação visa não apenas fornecer tratamento médico especializado e quarentena para os infectados, mas também controlar o aumento do surto e evitar que as pessoas deixem a região.

Um dos envolvidos no projeto, o cientista Jean-Michel Claverie, explicou ao The Guardian que as análises das ameaças pandêmicas se concentram nas doenças que podem surgir nas regiões meridionais e posteriormente propagar-se para o norte.

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Derretimento do Ártico

Nos últimos anos, o planeta está experimentando um aumento de 1,2ºC na temperatura em comparação ao período pré-industrial. Inclusive, os cientistas acreditam que o Ártico poderá ficar livre de gelo no verão já no período entre 2030 a 2050.

Por conta deste cenário, podem começar a surgir patógenos dormentes, também conhecidos como vírus "zumbis". Claverie tem focado em se dedicar a essa área de estudo, e vem pesquisando vírus "gigantes" com quase 50 mil anos, pelos quais alguns foram encontrados nas profundezas do permafrost siberiano.

Apesar do tempo, todos eles permanecem infecciosos. Em uma entrevista ao Japan Times, o cientista ainda explica que estamos acostumados a pensar nos perigos que vem do sul, mas agora percebemos que podem haver perigos vindo do norte, à medida que o permafrost descongela e libera micróbios, bactérias e vírus.

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A primeira demonstração que estes vírus ainda poderiam ser revividos, foi feita em 2014 por Claverie. Porém, para evitar o risco de contaminação em seres humanos, ela se concentrou apenas em vírus capazes de infectar amebas.

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