É possível melhorar a comunicação entre os colaboradores / Divulgação
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Diferente do que muitos pensam, comunicar-se de forma clara e assertiva não é um dom exclusivo para poucas pessoas. Essa capacidade pode ser desenvolvida por todos e é, hoje, umas das competências mais valorizadas nas empresas.
Por que as organizações passaram a olhar tanto para essa habilidade nos últimos tempos? A pesquisa State of Remote Work 2022, realizada pela Buffer, indica a resposta: a comunicação foi o maior desafio no trabalho remoto. É o que aponta o levantamento que ouviu mais 2 mil profissionais em 16 países.
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Sem dúvidas, a pandemia trouxe à tona a dificuldade que muitas empresas tinham para se comunicar de forma assertiva. O cenário não mudou muito atualmente. Líderes e equipes continuam diante da necessidade de argumentar, negociar, defender ideias, convencer, apresentar projetos, transmitir mensagens estratégicas, engajar, resolver problemas com agilidade e lidar com conversas difíceis.
"Distantes e desengajados, a produtividade cai. Sem cuidar das relações, as pessoas adoecem, a cultura da organização enfraquece, há retrabalho, atrasos e mais conflitos. Por isso, a comunicação é uma soft skills essencial na vida e no mundo do trabalho", explica Thais Gonzales, especialista em comunicação assertiva e trainer da Interhunter Academy.
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Tão importante quanto saber o que dizer é como transmitir a mensagem. "E mais importante do que pensar em falar, certamente, é escutar com presença e abrir espaço para o diálogo. Uma comunicação puramente racional, portanto, não é eficaz", acrescenta.
Segundo Thais, para influenciar, conquistar a confiança e promover a colaboração, algumas empresas já estão cultivando a Comunicação Não Violenta. A prática, sistematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, propõe uma nova forma de se relacionar e apresenta ferramentas importantes para superar os obstáculos na hora de conversar.
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"É sobre honestidade, empatia e foco na conexão. É um convite para conhecer as suas necessidades e estar em harmonia com as necessidades do outro, promovendo um ambiente harmônico e que busca a compressão mútua", ressalta a trainer da Interhunter Academy.
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1- Não busque ser o vencedor em encontro, reunião ou negociação. A ideia é fazer com que a conversa progrida. Por isso, enxergue o momento como uma oportunidade para que ambos possam se expressar de forma respeitosa.
2- Fale menos e escute mais. A escuta ativa consiste em ouvir com interesse, sensibilidade e sem julgamentos. Assim, você poderá ampliar a conexão e as chances de ser compreendido.
3- No lugar de pensar em quem "está certo ou errado", substitua por "agora que entendemos um ao outro, qual pode ser a melhor forma de lidar com essa situação?".
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4- Ao invés de explodir e dizer que "aquela pessoa é responsável pela sua frustração ou raiva", olhe para dentro de si e busque entender o que é tão importante para você para que se sinta assim.
5- Faça perguntas para tentar entender o ponto de vista da outra pessoa de forma. Seja específico se precisa de apoio, por exemplo.
6- Às vezes, é bom fazer uma pausa, respirar e pensar antes de ter uma conversa difícil, mas não use o silêncio com a intenção de "dar um gelo" ou gerar constrangimento no outro.
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7- A Comunicação Não Violenta propõe: observe o fato do acontecimento sem avaliações e julgamentos; depois, tenha consciência dos seus sentimentos; então, reflita sobre quais necessidades você quer proteger; e com essa consciência, será mais fácil encontrar alternativas para cuidar do que realmente é importante e fazer pedidos.
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