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Variação da dengue volta a circular no Brasil após 17 anos e preocupa especialistas

A circulação da variação em nível expressivo coloca a população em risco

Fábio Rocha

Publicado em 19/01/2025 às 12:49

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O sorotipo 3 representa, atualmente, 40,85% dos casos registrados em dezembro / Divulgação/GovernoSP

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O Brasil enfrenta uma nova ameaça com o retorno do sorotipo 3 da dengue, que voltou a circular de forma mais expressiva após 17 anos. 

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Esta variação, que foi predominante pela última vez em 2008, está gerando grande preocupação entre especialistas da saúde. O sorotipo 3 representa, atualmente, 40,85% dos casos registrados em dezembro de 2024.

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Embora as quatro variações do vírus da dengue tenham sido identificadas no Brasil no ano passado, a predominância do sorotipo 3 tem sido um fenômeno notável. Este cenário é um reflexo da situação crítica que o país enfrenta, especialmente considerando que os estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná concentram a maior parte dos casos. 

A circulação do sorotipo 3 em nível expressivo coloca a população em risco, visto que grande parte não possui imunidade contra essa variação, o que torna a infecção mais fácil de se disseminar.

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O aumento do número de casos e o retorno da cepa do sorotipo 3 se somam a um cenário já alarmante em 2024, quando o Brasil registrou 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes. 

A cidade de Santos divulga plano de combate contra dengue e chikungunya para 2025.

O tipo 1 foi o mais prevalente no ano anterior, com 73,4% dos casos registrados, mas o sorotipo 3 se apresenta como uma nova ameaça. A falta de imunidade da população contra essa variação pode resultar em um número significativo de novos infectados.

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Especialistas apontam que a vulnerabilidade da população a esse sorotipo 3 é um fator preocupante, uma vez que o sistema imunológico da maioria das pessoas não está preparado para enfrentar essa variação do vírus. 

Além disso, a combinação de clima quente e a elevada quantidade de chuvas, típicas da estação do verão, criam um ambiente favorável para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. 

Os sintomas da dengue permanecem os mesmos, independentemente do sorotipo. Febre repentina, dor de cabeça intensa, prostração, dores musculares ou articulares e dor atrás dos olhos são os principais sinais da infecção. 

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A rapidez no diagnóstico e no tratamento é fundamental para evitar complicações mais graves da doença. Por isso, os profissionais de saúde alertam para a importância da conscientização da população quanto aos cuidados com a prevenção e o combate ao mosquito transmissor.

A luta contra a dengue exige uma mobilização contínua da população e das autoridades sanitárias. A eliminação de criadouros do mosquito, como os depósitos de água parada, é uma das principais estratégias de prevenção. 

Com o retorno do sorotipo 3 e o risco de aumento dos casos, a colaboração de todos é essencial para evitar que o Brasil enfrente uma nova onda de infecções e mortes pela doença. 

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