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Ele possuía uma vida dupla, pois na região da praia se passava como 'bom moço', mas no período da noite se transformava em um homem bastante perigoso
Bandido da Luz Vermelha residiu durante um bom tempo em cidade do litoral de SP / Reprodução
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João Acácio Pereira da Costa, nome civil do popular criminoso Bandido da Luz Vermelha. Dos 351 anos, 9 meses e 3 dias, que foi condenado por ter cometido 4 assassinatos, 77 assaltos e mais de 100 estupros, cumpriu apenas 30 deles (por conta da lei brasileira).
Durante os períodos de seus atos ilícitos, João se "escondia" em Santos como um cidadão comum.
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Nascido em Joinville, Santa Catarina, ele decidiu vir morar no estado de São Paulo na adolescência, para poder fugir dos crimes que já praticava na região.
Foi nesta fase onde ele passou a viver uma vida dupla, pois enquanto possuía uma casa fixa em Santos e alegava ser um "bom moço", ele cometia diversos crimes brutais em outras cidades.
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Com vestimentas levando cores vivas, chapéus extravagantes, lenços de caubói cobrindo o rosto e perucas, costumava também pagar de músico ao andar com uma guitarra que havia roubado em um dos seus crimes.
Enquanto pousava de bom samaritano em Santos, seus crimes eram realizados quase sempre na grande São Paulo. Em um período de cinco anos, ele chegou a praticar quatro assaltos por semana, sempre das 2 às 4 horas da madrugada.
Seu foco normalmente eram mansões e possuía um estilo próprio para cometer os seus crimes. Começava cortando a energia da casa, usava um lenço para cobrir o rosto e carregava uma lanterna com a lente vermelha. Com isso, a impressa logo o apelidou de "Bandido da Luz Vermelha".
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Com a polícia em sua cola, ele conseguia se passar por quatro assaltantes diferentes: o incendiário que colocava fogo nos corredores das casas para provar pânico e acordar os moradores; o mascarado que roubava jóias; o macaco, pelo fato de usar um macaco para abrir as janelas; e o próprio Bandido da Luz Vermelha.
Como ele gastava seu dinheiro obtido nos assaltos com mulheres e boates, a política levou seis anos para identificá-lo, por meio de suas impressões digitais deixadas na janela de uma mansão.
Sob a identidade de Roberto da Silva, ele foi preso no dia 8 de agosto de 1967 na cidade de Curitiba. Após ser julgado e preso pelos seus crimes, ele foi solto em 26 de agosto de 1997 e retornou para Joinville.
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Mesmo com seu histórico, ele chegou a ser tratado como uma "celebridade" por algumas pessoas e que quando elas solicitavam um autografo, ele apenas escrevia em um papel a palavra "Autógrafo".
Quase cinco meses depois de ser solto, João foi morto após uma briga de bar com um tiro de espingarda. A ação aconteceu após o irmão do atirador tomar satisfação sobre um suposto estupro a sua mãe e irmã, com João.
O autor do ato foi absolvido pela Justiça de Joinville, alegando legítima defesa, em 2004.
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