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Trilha no litoral de SP esconde ruínas de igreja que catequizava indígenas; conheça

Durante muitos anos, o local ficou impossível de acessar, devido à vegetação densa que escondia totalmente as ruínas

Luna Almeida

Publicado em 08/11/2024 às 11:31

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As Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê estão localizadas a leste da cidade de Guarujá / Divulgação/Prefeitura Municipal de Guarujá

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As Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê estão localizadas a leste da cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo, e encontram-se dominadas pela vegetação local. 

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É possível visitá-las através de um desvio na trilha para a Prainha Branca.

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História

Localizada no extremo norte da Ilha de Santo Amaro, a Ermida de Santo Antônio do Guaibê (ou Guaíbe) é considerada uma das primeiras igrejas do país e foi construída por volta de 1560, por ordem de José Adorno, um dos principais povoadores e benfeitores de São Vicente, que veio com Martim Afonso de Souza ao Brasil. 

A ermida, feita de pedras de sambaquis e óleo de baleia com conchas, era utilizada pelos jesuítas principalmente para a catequização de indígenas da região na época. 

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O padre José de Anchieta era um de seus principais frequentadores e acredita-se que seu poema ‘Milagre dos Anjos’ foi escrito ali.

Acredita-se que, em meados do século XVIII, uma reforma da capela havia sido encomendada, já que fontes indicam que o governador Luiz Antônio de Souza Botelho e Mourão ordenou o embargo das obras da Capela de Santo Antônio de Guaibê em 1766, por serem ‘em prejuízo da Fazenda de S. Majestade’. 

Porém, a reforma foi concluída com êxito no final do mesmo século, quando foram reiniciadas e assumidas por Francisco José da Fonseca, administrador da Armação das Baleias, adjacente à Ermida.

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Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG
Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG
Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG
Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG
Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG
Ruínas Ermida Santo Antônio de Guaibê / Divulgação/PMG

Renovação

Durante muitos anos, o local ficou impossível de acessar, devido à vegetação densa que escondia totalmente as ruínas. 

Em 1945, Armando Lichti, cônsul da Venezuela e principal representante das demandas da população local, mandou limpá-las na tentativa de mantê-las em condições de acesso e visitação turística. 

Atualmente, ainda é possível notar sua técnica construtiva, feita em alvenaria e argamassa, em meio à vegetação densa. 

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Porém, nota-se também o total abandono das ruínas, acessíveis apenas por meio de trilha e sem nenhum tipo de zelo por sua integridade física, assim como sequer uma indicação de seu valor histórico.

Acesso

O acesso à Ermida é feito pela Trilha das Ruínas, com início na Rodovia Ariovaldo de Almeida Viana, na estrada Guarujá-Bertioga. O caminho, que é um desvio da trilha para a Prainha Branca, é feito por uma área preservada da Mata Atlântica.

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