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Tradicional água de coco entra com pedido de recuperação judicial

Com o pedido, a empresa, que acumula aproximadamente R$ 670 milhões em dívidas, pretende garantir a continuidade das operações

Luna Almeida

Publicado em 21/02/2025 às 08:00

Atualizado em 21/02/2025 às 08:35

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A reestruturação deverá enfrentar desafios relacionados à sustentabilidade econômica da empresa / Divulgação

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A Justiça do Ceará aprovou o pedido de recuperação judicial do grupo Ducoco, responsável por cerca de 40% do mercado nacional de água de coco e derivados. Com uma dívida acumulada de aproximadamente R$ 670 milhões, a medida visa garantir a continuidade das operações da empresa. 

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A decisão, proferida na 3ª Vara Empresarial de Recuperação de Empresas e Falências do Estado do Ceará, concede à companhia um prazo de 60 dias para apresentar um plano de reestruturação, o qual será avaliado pelos credores, que incluem milhares de pessoas físicas e jurídicas.

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A medida também suspendeu todas as ações de cobrança e execuções judiciais, evitando bloqueios de ativos que poderiam comprometer ainda mais a viabilidade da empresa. 

As dificuldades financeiras da Ducoco foram atribuídas ao aumento dos custos de insumos e à elevação da taxa Selic, que impactaram negativamente o fluxo de caixa. 

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Além disso, a impossibilidade de continuar a ceder títulos de crédito a investidores agravou a situação, tornando inviável a manutenção das operações sem a intervenção da recuperação judicial.

Desafios financeiros

A reestruturação deverá enfrentar desafios relacionados à sustentabilidade econômica da empresa, enquanto o plano de recuperação passará pelo crivo dos credores. Fundada em 1982, a Ducoco, que iniciou sua primeira fábrica em Itapipoca, no Ceará, emprega cerca de 800 trabalhadores entre as unidades do Ceará e do Espírito Santo. 

Em novembro de 2024, a companhia chegou a demitir dezenas de funcionários de sua unidade de Itapipoca.

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Recorde de recuperações judiciais no Brasil

Dados da Serasa Experian, especializada em dados sobre o mercado, apontam que, em 2024, foram formalizados 2.273 pedidos de recuperações judiciais (RJs) no país, o maior número desde o início da série histórica, em 2005. 

Esse índice representa um aumento de 61,8% em relação a 2023, quando foram registradas 1.405 solicitações, e de 173% comparado a 2022, com 833 pedidos.

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