Mesmo após deixar o trabalho no túnel, Laércio continuou trabalhando em construções por mais 30 anos / Divulgação
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O Túnel do Voturuá começou a ser construído em 1979, quando a tecnologia era limitada e grande parte do trabalho era feito com as próprias mãos.
As pessoas responsáveis pelo maior reservatório da América Latina guardam as histórias com orgulho e dedicação.
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É o caso de Laércio Francisco de Lima, que executava a função de apontador, responsável por marcar cada etapa da obra, a hora exata da perfuração, a inserção da dinamite e a detonação.
O trabalho era realizado, em boa parte, à base de dinamite. Todos os dias, eram gastos 420 quilos de explosivo para detonar a montanha que, de tão dura, não precisou ser escorada em praticamente nenhuma etapa
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O Reservatório-Túnel Santa Tereza-Voturuá tem 1.100 metros de escavações, entre galerias e reservatórios no maciço rochoso que divide a ilha de São Vicente, apresenta túneis com 20 metros de altura e 15 metros de largura.
Na época, era um trabalho pesado e desafiador, a rotina era intensa e cheia de dificuldades.
O apontador lembra com emoção do dia em que, entrando na construção para marcar a hora da primeira viagem do caminhão, uma mangueira de ar se soltou com força.
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“Para mim, foi o dia mais marcante, lembro como se fosse hoje de precisar correr para que ela não me atingisse”, relembra Laércio.
Apesar dos problemas, o ambiente de trabalho era marcado pela união entre os profissionais, que dividiam não só o esforço, mas, também, as risadas e histórias do dia a dia.
O túnel levou cerca de dois anos para ser construído, sendo inaugurado em 1981.
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Hoje, ainda em pleno funcionamento, ele abastece milhares de pessoas. São 110 milhões de litros, o equivalente a 44 piscinas olímpicas cheias até a borda.
Mesmo após deixar o trabalho no túnel, Laércio continuou trabalhando em construções por mais 30 anos.
Atualmente o túnel é operado pelo Centro de Controle, em Santos, e acompanhado por funcionários que fazem a verificação das válvulas e a manutenção.
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