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Tainhas do litoral de SP causam problemas cardíacos por causa de plásticos

Perto do fim do período de captura, o peixe é muito presente no litoral brasileiro e comum na alimentação humana

Da Reportagem

Publicado em 31/07/2024 às 17:20

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O nosso organismo pode absorver essas substâncias químicas e tóxicas dos plásticos / Conservação Internacional/Átila Ximenes

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Pesquisadores do Instituto Federal do Paraná (IFPR) revelaram que sete em cada dez tainhas pescadas no litoral sul de São Paulo contém resíduos de plásticos em seu estômago e intestino (trato digestório). Muito presente no litoral brasileiro e comum na alimentação humana, o 'plástico das tainhas' já está relacionados a doenças no coração.

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Segundo artigo publicado na revista científica “Biodiversidade Brasileira”, o nosso organismo pode absorver essas substâncias químicas e tóxicas dos plásticos por meio do consumo destes peixes contaminados.

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A partir disso, já é possível afirmar que o plástico representa uma ameaça crescente para a saúde dos ecossistemas marinhos e, consequentemente, dos humanos que consomem esses peixes.

É importante ressaltar que algumas dessas substâncias também estão associadas, além das doenças cardiovasculares, a danos neurológicos.

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De acordo com Gislaine Filla, coautora do estudo, a presença de fragmentos plásticos nos organismos dos animais oferece danos aos seres humanos pois eles trazem consigo produtos químicos, corantes, pesticidas e agrotóxicos.

O estudo

O estudo foi publicado na revista científica “Biodiversidade Brasileira”, no mês de abril.

Os pesquisadores analisaram 57 tainhas coletadas do Complexo Estuarino Lagunar de Cananéia. A coleta dos peixes ocorreu quatro vezes entre os anos de 2016 e 2018, com o auxílio de pescadores locais.

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No estudo, a pesca se mostrou como provável fonte da contaminação dos peixes. A microfibra de nylon, encontrada nas cordas e nas linhas utilizadas por pescadores, foi encontrada em 95% das amostras. Os peixes acabam ingerindo esse material de forma acidental.

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