Esse estudo pioneiro no Brasil mapeou os pontos crÃticos da costa cearense / Reprodução
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O litoral do Ceará, conhecido por suas paisagens paradisíacas e forte influência na economia local, está enfrentando uma grave ameaça ambiental.
Um estudo inédito revelou que cerca de 47,5% da costa do estado sofre com processos erosivos, colocando em risco não apenas as belezas naturais da região, mas também setores econômicos fundamentais, como turismo, pesca e geração de energia renovável.
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A situação acende um alerta tanto para a população quanto para os governantes, que precisam agir rapidamente para minimizar os impactos dessa degradação.
Com uma faixa litorânea que se estende por mais de 570 km, o Ceará tem sofrido cada vez mais com a erosão costeira, um problema que pode levar à perda de extensas áreas de terra ao longo dos próximos anos.
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Outro estudo indicou praias do litoral de São Paulo que serão engolidas pelo avanço do mar em breve.
Esse fenômeno já afeta diversas cidades litorâneas e pode ter consequências devastadoras para o meio ambiente e a economia local.
Especialistas apontam que as mudanças climáticas e o aumento da degradação ambiental são os principais fatores responsáveis pelo avanço da erosão no estado.
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Os resultados preocupantes foram divulgados na 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente, realizada em 14 de fevereiro, quando foi lançado o Plano de Ações de Contingência para Processos de Erosão Costeira do Ceará (PCEC).
Esse estudo pioneiro no Brasil mapeou os pontos críticos da costa cearense e apresentou estratégias para tentar conter o avanço da destruição costeira. O levantamento destacou que 16 praias estão entre as mais afetadas, exigindo medidas emergenciais.
Segundo os pesquisadores, as áreas mais vulneráveis estão concentradas no litoral Oeste do estado, onde a erosão é mais severa.
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Em algumas regiões, as perdas ultrapassam 1 metro por ano, um ritmo alarmante que pode transformar a paisagem e comprometer a infraestrutura de cidades litorâneas.
O estudo classificou os trechos de acordo com a intensidade da erosão, apontando 215 pontos de erosão crítica (com perdas superiores a 1 metro por ano), 48 pontos de erosão moderada (entre 0,5 e 1 metro por ano), além de 91 áreas relativamente estáveis e 199 trechos onde há aumento da faixa de terra (progradação).
A degradação do litoral cearense tem impactos diretos na economia do estado. O turismo, que movimenta milhões de reais anualmente e gera empregos para milhares de pessoas, pode ser fortemente afetado pela perda de praias e pela destruição de infraestruturas como barracas e pousadas à beira-mar.
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Além disso, a pesca artesanal, fonte de sustento para muitas comunidades litorâneas, pode ser comprometida pelo avanço do mar sobre áreas produtivas.
Para os especialistas, o enfrentamento da erosão costeira exige ações urgentes e planejadas.
O estudo inédito sobre os processos erosivos no Ceará reforça a necessidade de investimentos em soluções sustentáveis para proteger o litoral.
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