18 de Setembro de 2024 • 21:18
Rios estão batendo recordes históricos de baixa / MICHAEL DANTAS / AFP
A seca extrema que atinge a Amazônia está causando uma crise hídrica sem precedentes na região. O 37º Boletim de Alerta Hidrológico, divulgado na última sexta-feira (13), revela que vários rios da maior floresta tropical do mundo estão registrando níveis de água alarmantemente baixos, batendo recordes históricos de baixa.
O Rio Negro, em Manaus, apresenta uma situação preocupante. O nível do rio alcançou 16,75 metros, o que é 3,7 metros abaixo da faixa de normalidade para esta época do ano.
Além disso, o rio está diminuindo a uma taxa de 24 cm por dia, evidenciando a gravidade da seca na região.
Em Tabatinga, no Amazonas, o Rio Solimões atingiu a marca de -1,79 metros, o nível mais baixo já registrado desde que as medições começaram em 1983. Esse índice reflete o impacto severo da seca na principal artéria fluvial da região.
Na cidade de Itapéua, também no Amazonas, o nível do Rio Solimões está em 2,3 metros, marcando a terceira menor cota já registrada na história local.
Essa situação acentua os desafios enfrentados pela população e pelo ecossistema devido à diminuição das águas.
Em Rio Branco, no Acre, o Rio Acre está com 1,28 metros, a segunda menor cota já registrada, atrás apenas da marca de 1,24 metros registrada em 2022. Essa redução coloca em risco o abastecimento de água e a navegação na região.
O Rio Amazonas, em Óbidos, no Pará, também não está imune aos efeitos da seca. O nível do rio chegou a 1,17 metros, o menor já registrado para esta data desde 1967.
Este recorde histórico destaca a intensidade e a durabilidade da seca que afeta a bacia amazônica.
Esses níveis críticos de água têm repercussões severas para as comunidades ribeirinhas, o ecossistema e a economia local.
A redução dos níveis dos rios compromete o transporte fluvial, o abastecimento de água e a pesca, além de afetar negativamente a biodiversidade da região.
A situação requer uma resposta urgente das autoridades e da comunidade internacional para mitigar os impactos da seca e promover estratégias de gestão hídrica sustentável.
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