Manifestantes trabalhistas na Rua General Câmara, Centro de Santos / Divulgação/Fams
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A primeira comemoração para celebrar o Dia do Trabalho foi organizada em Santos, na sede do Centro Socialista. O ano era 1895 quando a data 1º de Maio se tornou comemorativa em alusão aos trabalhadores.
A celebração se deu após tratativas e manifestações pelo mundo para firmar a data comemorativa. Em 1888, o Congresso Socialista Internacional aprovou a instituição do 1º de Maio como o Dia do Trabalho.
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Em caráter mundial, a decisão foi adotada em 1919, pela Liga das Nações, que a incorporou ao Tratado de Versalhes. Nesta mesma época, a luta avançava no Brasil. Foi quando o País adotou a jornada de oito horas após greve de trabalhadores da construção civil, gráficos, sapateiros, serventes de obras e marmoristas em São Paulo.
No entanto, muito antes, lá em 1895, um grupo de trabalhadores filiados ao Centro Socialista comemoraram a data com discursos sobre a igualdade de direitos. Um ato simples, mas que prova atualmente o quanto Santos sempre esteve à frente de movimentos políticos importantes para o País.
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Após a manifestação santista, outras cidades do Brasil adotaram a data comemorativa. Começando pelo Rio de Janeiro, que fez sua primeira manifestação pública em favor dos trabalhadores em 1903, organizada por associações de classe dos marítimos.
O Porto de Santos foi um ponto importante da luta trabalhista na época. A última categoria da Cidade a receber o benefício das oito horas de trabalho foram os marítimos, que precisavam entrar em greve para obter os direitos que já cobriam trabalhadores de todo o País.
Porém, a lei das oito horas não resolveram todos os problemas. Muitas empresas continuaram exigindo, no mínimo, 10 horas de trabalho. Em Santos, a mudança começou pelo setor da construção civil, com pedreiros trabalhando 8 horas por dia.
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Toda esta jornada no Brasil, iniciada em Santos há quase 130 anos, trouxe o movimento trabalhista ao que temos hoje: oito horas, férias, à Previdência Social e livre sindicalismo, pelo que ainda há de lutar.
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