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Saiba os motivos que levaram o Japão e os EUA a proibir o uso de dipirona

No Brasil, segundo a Anvisa, são consumidas mais de 200 milhões de doses da droga por ano

Jeferson Marques

Publicado em 05/03/2024 às 12:45

Atualizado em 05/03/2024 às 13:14

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A dipirona é amplamente usada no Brasil, mas proibida nos EUA e Japão / Foto de Klaus Nielsen/Pexels

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A dipirona pode ser encontrada com facilidade em qualquer farmácia do Brasil. Seja sozinha ou somada a outras medicações na mesma fórmula, a droga, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vende mais de 200 milhões de doses no país por ano. Mas, por quais motivos ela é proibida nos Estados Unidos, Japão e em parte da União Europeia?

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Chamado de "Novalgina" desde 1922 em seu país de origem, a Alemanha, a droga passou a ser ainda mais estudada na década de 50. E, em meados de 1960, diversos grupos de cientistas alertavam que ela podia causar casos graves de agranulocitose, uma condição que reduz a imunidade natural do corpo humano e o expõe à virus, bactérias e demais agentes agressivos com maior facilidade.

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Nos Estados Unidos a dipirona foi proibida em 1977, após estudos apontarem os riscos de agranulocitose em uma substância similar à ela: a aminopirina.

Foi o suficiente para que outros países seguissem o mesmo caminho, proibindo o medicamento nos anos seguintes.

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Faltaram estudos mais aprofundados com a própria dipirona. Todavia, por serem substâncias similares em suas moléculas, as duas (dipirona e aminopirina) foram proibidas.

O Brasil leva em consideração um grande estudo internacional ocorrido de 2002 a 2005 sobre a dipirona. O grupo de cientistas chamado de "Latin Study" avaliou os dados médicos de mais de 540 milhões de usuários de dipirona e concluiu que os casos de agranulocitose foi de 0,38% por milhão de habitantes e, por ano, um número considerado baixíssimo. 

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A própria Anvisa se amparou em outro estudo realizado por cientistas brasileiros e estrangeiros de que a dipirona é segura.

A agência disse à BBC que, desde 2001, não foram identificados novos riscos ou alertas de atenção sobre o uso da dipirona.

Para acessa o documento completo, basta clicar aqui.

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E você, usa e confia na dipirona?

*Lembre-se: a automedicação pode trazer riscos. Converse com um médico antes de comprar qualquer remédio por conta própria.

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