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Barreiras Naturais: Por que alguns rios seguem um caminho mais longo até o mar?
O Rio Amazonas é o maior rio em vazão de água da Terra e o segundo mais extenso do mundo, ficando atrás do Rio Nilo / Agência Brasil/Fabio Rodrigues-Pozzebom
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O Rio Amazonas é o maior rio em vazão de água da Terra e o segundo mais extenso do mundo, ficando atrás do Rio Nilo. São mais de mil afluentes que formam a maior bacia hidrográfica do planeta, mas você sabe o que grande parte dos rios de lá têm em comum com o Tietê, em São Paulo?
Pois é, rios como o Vauapés, Apaporis, Caquetá, Putumayo, Napo, Tigre, Pastaza, Marañon, Huallaga, Ucayali e tantos outros nascem perto do mar, se for considerado a distância com a foz do Rio Amazonas. Mas ao invés de correrem para o Oceano Pacífico, suas águas se juntam com tantos outros para formarem o grandioso Rio Amazonas.
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Isso acontece por que existe um paredão chamado “Cordilheira dos Andes” que não deixa passagem para eles seguirem rumo ao pacífico, fazendo com que sigam em direção ao interior do continente.
Assim é com o Tietê, principal rio do estado de São Paulo. Ele nasce em Salesópolis, pertinho da praia, mas ao invés de desaguar no litoral paulista, ele segue rumo ao interior praticamente cortando o estado no meio.
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Além disso, o Governo de São Paulo tem projeto de conectar bairros e revitalizar áreas urbanas ao transformar o rio Tietê em uma via para a mobilidade urbana sustentável.
Se nos rios do Amazonas a barreira são os Andes, a Serra do Mar é quem impede o rio paulista de fazer o caminho mais curto para o mar. O Tietê se junta com o Paraná e vai desaguar lá no Rio da Prata, na divisa entre a Argentina e o Uruguai.
Esse fenômeno ilustra como as barreiras naturais podem influenciar o curso dos rios, fazendo com que alguns percorram trajetos muito mais longos até encontrarem o oceano. No fim, todos os rios correm para o mar, alguns apenas demoram um pouco mais para chegar lá.
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