Ferrovia foi construída com raio de curvatura de 246 metros e declividade máxima de 2% / Johannes Plenio/Pexels
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Construída pela Estrada de Ferro Sorocabana, a Linha Mairinque-Santos é responsável por ligar os dois municípios. Com o passar dos anos, ela passou por diversas atuações e, atualmente, parte de sua estrutura foi usada pelo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos).
Projetada pela Estrada de Ferro Sorocabana (EFS) em 1889, com o objetivo de ligar o interior paulista ao Porto de Santos, rompendo o monopólio da São Paulo Railway, as obras só tiveram início em 1929.
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A construção ocorreu em duas frentes: uma partindo de Santos e outra de Mairinque, a partir do entroncamento entre as linhas originárias de Sorocaba e Itu.
O trecho entre Santos e Samaritá foi adquirido da Southern San Paulo Railway em 1927, ferrovia que já operava desde 1913.
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Concluída em 1937, a linha possui 155 km de extensão, sendo o trajeto Mairinque – Evangelista de Souza – Samaritá com 135,264 km, e o trecho Samaritá e Santos com 19,274 km.
Construída com raio de curvatura de 246 metros e declividade máxima de 2%, a linha permite uma velocidade máxima de 64 km/h. A descida da Serra do Mar tem início a 740 metros de altitude, na Estação Evangelista de Souza, e termina próximo ao nível do mar, em Paraitinga.
Esse trecho montanhoso conta com 27 túneis, construídos já na década de 1930 com dimensões que previam a futura duplicação da linha, um projeto considerado visionário para a época.
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Com a criação da FEPASA, em 1971, o ramal passou a integrar o Corredor de Exportação Araguari–Santos, recebendo melhorias no traçado, recuperação de pontes e túneis, além da instalação do terceiro trilho para permitir a circulação de trens em bitola mista.
Com o tempo, o trecho entre Santos e Samaritá foi interditado por atravessar áreas urbanizadas da cidade. Assim, os trens com destino ao Porto de Santos passaram a realizar um trajeto mais longo, via Mairinque, Evangelista de Souza, Paraitinga, Cubatão e Santos.
A Ferrovia Santos-Juquiá foi inaugurada entre 1913 e 1915 e foi construída pelos ingleses da Southern San Paulo Railway.
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A linha desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico e social no litoral de São Paulo e no Vale do Ribeira, fazendo uma conexão fundamental entre as regiões.
O Diário do Litoral fez uma matéria sobre o assunto.