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Rochas no fundo do mar do Litoral de SP podem conter espécies de vida desconhecidas

Estudo recente trouxe informações inéditas sobre os mares profundos do Atlântico Sul

Gabriel Fernandes

Publicado em 14/08/2024 às 18:33

Atualizado em 14/08/2024 às 19:18

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Para realizar os estudos, que aconteceram em dezembro de 2022, a equipe fez uma expedição que durou 17 dias na costa do município / Kellie Churchman/Pexels

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Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e instituições parceiras, trouxeram um estudo recente com informações inéditas sobre os mares profundos do Atlântico Sul. Eles conseguiram encontrar a existência de grandes formações rochosas de quatro a 11 quilômetros de extensão no fundo do mar de Santos, que podem abrigar comunidades marinhas ainda desconhecidas pela ciência. As informações são da Agência Bori.

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Para realizar os estudos, que aconteceram em dezembro de 2022, a equipe fez uma expedição que durou 17 dias na costa de Santos, a bordo do navio Vital de Oliveira, operado pela Marinha do Brasil. O intuito era testar um método de coleta de dados nos oceanos do Atlântico Sul, por intermédio do projeto internacional iAtlantic (Avaliação Integrada dos Ecossistemas Marinhos do Atlântico no Espaço e no Tempo, em tradução integral da sigla). 

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Durante a análise, na costa do município foi possível visualizar habitats e comunidades de animais do fundo do mar, adicionando novos elementos para sua caracterização. Segundo o pesquisador da Univali e autor do estudo, José Angel Perez, é por meio deste mapeamento que são encontradas estruturas com origem geológica incerta, que podem abrigar comunidades biológicas desconhecidas.

O próprio ainda afirma que a escolha de Santos foi totalmente estratégica, pois seu ambiente é altamente pressionado por atividades humanas. Como exemplo, o pesquisador comentou que durante as análises foram encontradas marcas no fundo do mar, deixadas pela pesca de arrasto. Inclusive, esses dados podem auxiliar a desenvolver futuras análises sobre o efeito da pesca nos ecossistemas do fundo do mar e ajudar em estratégias de monitoramento da ação. 

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Para Perez, é importante unir esses conhecimentos gerados por esse estudo com as demais informações produzidas internacionalmente pelo projeto iAtlantic, pois é um passo importante para conhecer o presente e construir um futuro sustentável para o oceano.

O que é o iAtlantic?

O iAtlantic procura avaliar a saúde dos ecossistemas de águas profundas em toda a extensão do Oceano Atlântico, por meio de um equipamento de alta resolução para mapear o leito dos oceanos. O recurso permite coletar dados de temperatura, sedimentos e imagens de habitats e organismos que vivem abaixo dos sedimentos no fundo do mar. 

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