Clube tinha quase 3x mais público do que sua capacidade em Santos / Foto ilustrativa / Foto de Anna-m. W/Pexels
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Foi em 8 de novembro de 1997. Oito vítimas fatais. E, passados 27 anos, um sentimento: o esquecimento.
No show de abertura da turnê de divulgação do disco "Lapadas do Povo", a banda Raimundos, a cidade de Santos e cerca de seis mil presentes testemunharam um dos capítulos mais tristes de suas vidas: a tragédia no ginásio do Clube de Regatas Santista.
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Ao término da apresentação, somente uma escada estava disponível para que os fãs deixassem o local. Com o tumulto formado, os corrimãos cederam e centenas de jovens caíram, uns sobre os outros, de uma altura de cinco metros.
Foram mais de 60 pessoas atendidas com ferimentos e lesões importantes.
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Os cinco que perderam a vida morreram por lesões múltiplas causadas pela queda dos 5 metros de altura, além de dezenas de pessoas caindo sobre seus corpos. Alguns foram asfixiados em segundos.
O Clube de Regatas Santista era capaz de receber até 2.606 pessoas. Mas, segundo dados oficiais, naquela noite permitiu a entrada de quase 6 mil.
O local não tinha o Auto de Vistoria dos Bombeiros (AVCB), mas tinha o alvará da Prefeitura. Como era possível?
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A tragédia abalou o país. Tanto que a banda cancelou todos os demais shows daquele ano, pois seus integrantes não reuniam condições psicológicas de subir no palco novamente.
Cerca de um ano depois da tragédia, o clube emitiu um comunicado aos sócios culpando os mortos pela fatalidade, supondo que eles usaram alucinógenos e, em seguida, tiveram comportamento irracional.
O presidente do clube na época e o produtor do show foram condenados. Porém, suas punições foram ridiculamente leves e brandas.
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Os familiares dos mortos receberam pouco mais de R$ 200 mil de indenização.