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Na ocasião da fotografia, ela foi clicada no chão da floresta e só foi vista porque seus olhos brilharam ao refletirem a luz de uma lanterna
Apesar do tamanho, as Tarântulas não produzem toxinas nocivas aos humanos / Márcio Ribeiro/DL
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Um registro raro foi feito em meio a uma das mas matas mais preservadas do litoral paulista, em Iguape. Em uma expedição noturna realizada pelo Instituto Ernesto Zwarg, foi fotografada uma Tarântula, aranha caranguejeira famosa e que mete medo em muita gente.
Na ocasião da fotografia, ela foi clicada no chão da floresta e só foi vista porque seus olhos brilharam ao refletirem a luz da lanterna.
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“Você aponta a luz da lanterna para o chão e vê os olhos das aranhas brilharem. Assim, fica fácil de encontrar esses aracnídeos”, disse um dos biólogos do Instituto.
Apesar do tamanho, as Tarântulas não produzem toxinas nocivas aos humanos, por isso são eventualmente criadas como animais de estimação. Uma de suas defesas são os pelos urticantes de suas costas e abdômen, que irritam a pele do possível predador.
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Vivem em regiões temperadas e tropicais das Américas, Ásia, África e Oriente Médio. Pertencem à família Theraphosidae, que inclui as espécies conhecidas pelos nomes comuns de caranguejeiras, que possuem pernas longas com duas garras na ponta e corpo revestido de cerdas urticantes.
No litoral paulista, a espécie típica é a Vitalius wacketi, encontrada desde Angra dos Reis/RJ até o Rio Grande do Sul e pode atingir 12 cm de comprimento.
Outra espécie que também tem distribuição pela região é a Plesiopelma insulare.
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Vitalius buecherli também é descrita para a região, mas é mais rara na Baixada Santista, de acordo com um trabalho realizado pelo Instituto Butantan.
Tem uma espécie que vive no norte da Amazônia que pode chegar a 30 cm, como é o caso da tarântula-gigante-comedora-de-pássaros (Theraphosa blondi), mas em média, as tarântulas crescem entre 15 e 25 cm de comprimento com as pernas estendidas.
Alimentam-se de pequenos animais, que podem incluir pássaros, roedores ou anfíbios, dependendo da espécie. De acordo com os especialistas, todas as espécies deste tipo de animal apresentam canibalismo.
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A tarântula é ameaçada de extinção devido à destruição do seu habitat, mas, em contrapartida, é uma das aranhas mais criadas em cativeiro e, por isso, são alvo de traficantes de animais.
Vale lembrar que, em Peruíbe, uma aranha da família da Armadeira foi encontrada morta.