Os radares Doppler funcionam com módulos suspensos que emitem ondas de rádio / Divulgação
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Os motoristas que circulam por São Paulo devem ficar atentos aos novos equipamentos de fiscalização de velocidade espalhados pelas ruas da cidade. Com visual diferente e componentes incomuns, os novos radares chamam a atenção principalmente pelas pequenas antenas plásticas instaladas no topo das estruturas.
O que parece apenas mais um tipo de câmera, na verdade, é um sistema moderno de monitoramento que vem substituindo os modelos tradicionais.
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Esses novos dispositivos utilizam a tecnologia Doppler, já usada há alguns anos nas rodovias, principalmente pelas polícias em fiscalizações com pistolas móveis.
Desde 2019, no entanto, essa tecnologia também passou a ser implementada em radares fixos em áreas urbanas e rodoviárias, trazendo vantagens tanto para a fiscalização quanto para a manutenção das vias.
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Diferente dos antigos medidores que exigem a instalação de fios sob o asfalto, os radares Doppler funcionam com módulos suspensos que emitem ondas de rádio.
Isso permite que as vias sejam recapeadas sem prejudicar o funcionamento do equipamento, evitando obras longas e dispendiosas para reinstalação de sensores.
No caso da rua Barão de Jundiaí, no bairro da Lapa, por exemplo, o radar tradicional instalado em 2015 foi substituído por um modelo Doppler em 2024. Após o recapeamento da via, o novo radar seguiu operando normalmente.
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Cada faixa de rolamento possui um módulo dedicado, que identifica a velocidade dos veículos em tempo real, sem necessidade de contato com o solo.
A eficácia da tecnologia também é destacada na detecção de veículos que tentam burlar a fiscalização.
Enquanto os medidores antigos podiam ser enganados por motociclistas que passavam pelo acostamento ou até pela calçada, os sensores de rádio são capazes de identificar infrações mesmo nessas situações.
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Assim que é detectado um excesso de velocidade, o sistema aciona a câmera instalada no alto do poste. Essa câmera consegue registrar imagens do veículo infrator em qualquer faixa, inclusive à noite, utilizando flashes próprios.
Todo o processamento, desde a leitura da placa até a certificação eletrônica da infração, é feito automaticamente por um computador instalado na caixa do radar.
Além de controlar a velocidade, os equipamentos permanecem ativos para flagrar desrespeito ao rodízio de veículos e à circulação em zonas restritas, como as áreas limitadas para caminhões.
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Isso mostra que a modernização dos radares não se resume ao monitoramento da velocidade, mas amplia a capacidade de fiscalização em geral.
Fora do Brasil, já está em operação um novo modelo de radar que flagra, inclusive, o uso de celular ao volante e a falta de cinto.
Segundo o fabricante de um dos modelos mais utilizados no Brasil, o radar Doppler pode ser instalado em vias de qualquer porte, independentemente da estrutura do pavimento ou das condições climáticas.
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Há ainda variações como o radar a laser, que utiliza feixes de luz no lugar das ondas de rádio, mas com funcionamento semelhante.
Com essa nova geração de radares, São Paulo se adapta a um modelo de fiscalização mais eficiente e menos invasivo, contribuindo para a segurança viária e para a fluidez no trânsito sem comprometer a rotina urbana com longas intervenções nas vias.