A Loja de Inconveniência arrancou lágrimas de muitas pessoas em SP / Divulgação
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Aparentemente uma loja inofensiva e diferente. No meio da Avenida Paulista, uma das maior movimentadas e famosas de São Paulo, lágrimas e choro. Por qual motivo as pessoas que entravam ali saiam desconfortável e abatidas?
Bem diferente das tradicionais lojas de conveniência dos postos de gasolina, a "loja de inconveniência" da Vibra, distribuidora de combustíveis, colocou nas prateleiras embalagens de produtos redesenhadas que traziam dados chocantes sobre a violência sexual contra crianças e adolescentes.
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O lugar ficou aberto de 20 a 23 de março grudadinho com um tradicional shopping dali, e o intuito do projeto era mostrar que, segundo dados de 2023, menos de 10% dos casos de violência contra crianças e adolescentes eram denunciados no Brasil.
Dados da Polícia Rodoviária Federal indicam cerca de 17 mil pontos de vulnerabilidade em estradas brasileiras onde ocorrem as violências, sendo mais de 4.700 em postos de gasolina, e isso levantou a ideia da empresa para chamar a atenção do público sobre o tamanho real do problema.
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Planejada e executada pela agência PROS, a "loja de inconveniência" contava com um percurso repleto de produtos comuns de uma loja de conveniência, mas com as embalagens alteradas com imagens e informações sobre a prática do crime.
Todos os atendentes usam camisas com a frase "Não posso ajudar", causando reflexão social sobre a falta de apoio que essas vítimas enfrentam.
Muitas pessoas deixavam o lugar chorando, pensativas ou visivelmente incomodadas com as informações, pois muitas delas não tinham noção da gravidade e das consequências que isso faz na mente das vítimas.
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