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Pesquisadores descobrem troncos de árvores tropicais que removem metano da atmosfera

A pesquisa foi desenvolvida na Baixada Santista e reforça a necessidade de preservação de áreas florestadas

Da Reportagem

Publicado em 06/08/2024 às 08:39

Atualizado em 06/08/2024 às 08:44

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O objetivo do estudo era apurar o papel das árvores em relação ao metano atmosférico / Freepik

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Foi descoberto por pesquisadores do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que troncos de árvores tropicais removem o metano (CH4) da atmosfera. A pesquisa foi desenvolvida na Baixada Santista e reforça a necessidade de preservação de áreas florestadas.

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O objetivo do estudo era apurar o papel das árvores em relação ao metano atmosférico. A hipótese inicial era que os troncos poderiam ter um papel significativo na absorção de metano, o que ocorre em solos tropicais, conhecidos por serem sumidouros de metano.

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O pesquisador Alex Enrich Prast afirma que o resultado foi surpreendente visto que a informação até então era desconhecida no meio e as pessoas achavam que não havia forma de combater o aumento de metano na atmosfera.

Ele afirma que essa descoberta só incentiva a necessidade de preservação das áreas florestadas e abriu um leque de novas questões a serem solucionadas.

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Entre essas questões estão:

Pesquisar quais são os micro-organismos que estão dentro das árvores;
Se a árvore velha assimila mais ou menos metano que as novas;
Se as árvores estão sofrendo efeitos das mudanças climáticas;
Se as árvores vão perder ou maximizar essa capacidade;
Se o Cerrado tem essa capacidade e se é maior ou menor que a Amazônica;
Se existe alguma espécie que tenha capacidade maior ou menor.

A pesquisa começou há 10 anos e já foram feitas duas expedições à Amazônia. Os resultados iniciais mostraram que as árvores são emissoras do metano.

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Ao se aprofundarem nas pesquisas, descobriram que as árvores amazônicas, principalmente as tropicais, assimilam o metano da atmosfera.

No estudo, amostras de troncos de diversas espécies e regiões foram analisadas, medindo a concentração de metano na superfície da casca e no entorno, além do uso de técnicas de espectrometria de massa para quantificar a absorção do gás.

Essas medições indicaram que em algumas espécies de árvores, a remoção de metano pode ser de até 30%.

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