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Nativo do Oriente Médio, palco de guerras históricas, ele se dispersou pela a Ásia e parte da Europa. Acredita-se que tenha chegado na América por volta de 1850
O Pardal (Passer domesticus) veio de muito longe para fazer ninho nos telhados das casas em um lugar por aí / Mário Ribeiro/DL
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“Banal como um pardal”. Você já deve ter ouvido essa expressão popular usada para dizer que algo é tão comum como ver o simpático passarinho. Mas não pense que o Pardal (Passer domesticus) é banal como diz o ditado, pois ele veio de muito longe para fazer ninho nos telhados das casas em um lugar aí, provavelmente bem pertinho de você.
Seu nome científico significa pássaro doméstico, ave que habita as casas. Do latim Passer = pardal e domesticus = de casa.
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Nativo do Oriente Médio, palco de conflitos e guerras históricas, se dispersou por toda a Ásia e parte da Europa. Acredita-se que tenha chegado na América por volta de 1850.
Segundo registros históricos, sua chegada ao Brasil ocorreu em 1903, quando o então prefeito do Rio de Janeiro autorizou a soltura dele, proveniente de Portugal. Hoje, são encontrados em todo o Brasil e em quase todos os países do mundo, o que os caracteriza como uma espécie cosmopolita. Até no espaço rural essa ave tem se expandido e prejudicando a atividade agrícola, em alguns casos.
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No Litoral de São Paulo pode ser encontrado em todas as cidades e praticamente em qualquer bairro. Costuma fazer uma algazarra ao entardecer, como observado em algumas árvores da espécie “Chapéu-de-sol”, quando grupos procuram um lugar para passar a noite.
Alimenta-se de sementes, flores, insetos, brotos de árvores e restos de alimentos deixados pelos seres humanos. Alimenta-se também de frutos como banana, maçã, mamão e costuma frequentar comedouros com sementes e quirera de milho.
O site wikiaves, especializado no tema, listou as 12 subespécies do Pardal.
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Vale lembrar que nesta terça-feira (4) o Diário publicou a história do pássaro africano que trazido em navios negreiros se espalhou pelo litoral de São Paulo.
Passer domesticus bactrianus (Cazaquistão, Afeganistão e no noroeste do Paquistão).
Passer domesticus balearoibericus (região mediterrânea da Espanha, Ilhas Baleares, França, nos Balcãs até a Ásia Menor).
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Passer domesticus biblicus (Chipre, Turquia, norte da Arábia Saudita, Iraque e no oeste do Irã).
Passer domesticus domesticus (Europa até a Mongólia e no norte da Manchúria).
Passer domesticus hufufae (nordeste da península Arábica até o norte de Omã).
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Passer domesticus hyrcanus (norte do Irã e na região adjacente do Turcomenistão).
Passer domesticus indicus (sul de Israel até o norte da Arábia Saudita, sul do Irã, Índia, Sri Lanka e Myanmar).
Passer domesticus niloticus (nordeste da África até o Norte do Sudão).
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Passer domesticus parkini (Himalaia, Paquistão até o sudoeste do Tibete e Nepal).
Passer domesticus persicus (região central do Irã até o sudoeste do Afeganistão e no extremo Oeste do Paquistão).
Passer domesticus rufidorsalis (ocorre no vale do rio Nilo no Sudão).
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Passer domesticus tingitanus (do Marrocos até a Tunísia, Argélia e nordeste da Líbia).
E você? Conhecia a espécie? Já viu algum Pardal hoje?