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O que aconteceu com a CCE, empresa líder em eletroeletrônicos nos anos 80 e 90?

A marca pegou e alguns apelidos também, como "Começou Comprando Errado e "Conserta, Conserta Estraga"

Márcio Ribeiro

Publicado em 16/12/2024 às 18:10

Atualizado em 16/12/2024 às 20:21

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Atualmente, a empresa encontra-se fechada / Márcio Ribeiro

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Quem não teve um CCE em casa?  A marca esteve presente na maioria das casas dos brasileiros nos anos 80 e 90 e, talvez por isso, era muito fácil encontrar um exemplar nas lojas que prestavam o serviço de conserto de aparelhos de TV e som na época.
 
A marca pegou e alguns apelidos também, como “Começou Comprando Errado e “Conserta, Conserta Estraga”, mas o que é verdade nisso tudo é que a empresa foi conhecida por oferecer alternativas em eletrônicos com preços mais acessíveis ao consumidor brasileiro. 

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Fundação

A CCE (Comércio de Componentes Eletrônicos) foi fundada em 1964 por Isaac Sverner, com o objetivo de importar e comercializar componentes eletrônicos. Nos anos 80, a companhia saiu do status de apenas comercializar produtos para passar a produzir e com isso invadiu os lares dos brasileiros.
 
Também não era para menos, pois a empresa, no auge da sua existência, produziu videocassetes, televisores, modulares de áudio, rádio gravadores, diversos eletrônicos portáteis, além de comercializar videogames, eletrodomésticos e até microcomputadores.
 
Os equipamentos modulares da CCE geralmente tinham status inferior aos similares da concorrência, mas a vantagem sempre foi o preço mais acessível, além dos conjugados do tipo 3-em-1, “2-em-1”e outros eletrônicos portáteis como os rádios relógios. Todos sucessos na época.

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Entre os destaques, um videogame produzido nos anos 80, similar ao Atari, conquistou certa relevância e popularidade naquele período.

A empresa esteve presente também no mercado de microcomputadores vendendo um equipamento no padrão Apple II (o Exato) e um microcomputador de baixo custo, o MC-1000, para concorrer com o CP400 da Prológica. Em 1998, ela entrou no mercado de freezers e geladeiras e, em 2013, a fabricante lançou seus tablets.

A CCE foi a única empresa no Brasil a vender um videocassete “player”, ou seja, um aparelho que tinha apenas a capacidade de reproduzir fitas pré-gravadas. Apesar de ter um custo menor que o de um aparelho convencional, o produto não obteve sucesso.

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Kenwood

Na década de 1970, a companhia japonesa Kenwood forneceu tecnologia para muitos dos equipamentos modulares da empresa. A CCE chegou a fabricar e vender equipamentos sob esta marca e não se limitou a isso, pois muitos produtos foram nacionalizados, outros adaptados e até modificados, além daqueles que foram projetados pela própria empresa.

Aiwa

Já no período de 1996 a 2002, a CCE fabricou e comercializou produtos de áudio (micro-systems) da fabricante japonesa Aiwa.

 Lenovo

Visando uma expansão da marca no país, a empresa chinesa Lenovo comprou, em 2012,  a Digibrás por R$700 milhões, empresa que controla a CCE. Com a compra, a empresa estava na terceira posição entre as empresas de eletrônicos do Brasil, com um percentual de 7%. 

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Em outubro de 2015, a transação comercial com a Lenovo foi desfeita e assim a marca CCE voltou a ser controlada pelo grupo Digibras, empresa da família Sverner.

Digibras

O grupo Digibras é fabricante de produtos de tecnologia como desktops, notebooks, netbooks, celulares e TVs dentre outros.

CCE

Atualmente, a empresa encontra-se fechada, com atividades suspensas.

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