Gastronomia durante a Pessach (Páscoa Judaica), uma das principais celebrações do judaísmo / Flickr/RCB
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Enquanto milhões de cristãos ao redor do mundo se reúnem para celebrar a Semana Santa — período que relembra a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo — há comunidades religiosas que seguem um caminho diferente nesta época do ano. Para elas, os dias que antecedem a Páscoa são vividos como qualquer outro, guiados por tradições próprias e crenças distintas.
A Semana Santa é uma celebração central no calendário católico e também importante para diversas igrejas protestantes. No entanto, religiões como o judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo e religiões de matriz africana não a reconhecem como parte de suas práticas espirituais.
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Coincidentemente, muitas vezes a Semana Santa acontece na mesma época que a Pessach (Páscoa Judaica), uma das principais celebrações do judaísmo. Mas o foco é outro: os judeus relembram o êxodo do povo hebreu do Egito, liderado por Moisés — um momento de libertação e fé no Deus único.
Para os muçulmanos, Jesus (ou Isa, em árabe) é considerado um importante profeta, mas não o Filho de Deus. O islamismo respeita a figura de Cristo, porém não compartilha a visão cristã de sua crucificação e ressurreição. Portanto, a Semana Santa não tem lugar no calendário islâmico.
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Em vez disso, os muçulmanos seguem o calendário lunar, com festividades como o Ramadã, que é um mês sagrado de jejum, oração e reflexão, e pode eventualmente coincidir com a Semana Santa, mas sem qualquer ligação entre si.
Para os seguidores do budismo e do hinduísmo, as histórias de Jesus não fazem parte de suas crenças nem de sua tradição espiritual. Em países como Índia, Tailândia ou Nepal, a Semana Santa passa praticamente despercebida, enquanto outras datas como o Holi (festival das cores) ou o Vesak (nascimento de Buda) ocupam o centro das celebrações.