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A construção de um muro está limitando o acesso público ao local, levantando discussões sobre os direitos de propriedade privada e o direito constitucional
A situação em MaracaÃpe reflete um problema recorrente em várias regiões / depositphotos.com / gustavofrazao
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A Praia de Maracaípe, uma das mais conhecidas e visitadas do litoral de Pernambuco, está no centro de uma polêmica que tem repercutido nacionalmente.
A construção de um muro de 576 metros está limitando o acesso público ao local, levantando discussões sobre os direitos de propriedade privada e o direito constitucional de acesso às praias. A barreira foi erguida por um empresário local e tem gerado protestos de ambientalistas, moradores e turistas.
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A polêmica começou em 2022, quando a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) autorizou a construção de um muro de 250 metros com o argumento de que a estrutura serviria para conter a erosão costeira.
Inclusive, há uma icônica praia do litoral de SP está sendo engolida pelo mar gradativamente.
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No entanto, segundo o Ibama, o empresário construiu um muro mais que o dobro do tamanho autorizado, totalizando 576 metros. Além disso, um estudo do órgão concluiu que não havia erosão significativa na área antes da obra, contestando a justificativa dada para a construção.
O caso ganhou ainda mais força após especialistas apontarem que, longe de conter a erosão, o muro estaria agravando o problema. Segundo análises ambientais, a barreira tem modificado o ecossistema da região, prejudicando a fauna e a flora locais.
Em meio à controvérsia, uma decisão judicial determinou a remoção do muro, mas até o momento a estrutura segue de pé. Enquanto isso, moradores e turistas enfrentam dificuldades para acessar a praia, que antes era livremente frequentada por banhistas e surfistas.
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A situação em Maracaípe reflete um problema recorrente em várias regiões litorâneas do país, onde disputas entre interesses privados e o direito coletivo ao acesso às praias geram conflitos.