Motoristas de aplicativos serão substituídos, afirma CEO da Uber

A profissão de motorista de aplicativo tem ganhado cada vez mais popularidade nos últimos anos. Em 2024, foi uma das profissões mais pesquisadas no Google, de acordo com um relatório da Creative Fabrica. 

No entanto, essa realidade pode mudar drasticamente na próxima década. Segundo Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, a categoria tem prazo de validade e deve ser substituída por veículos autônomos.

O Uber anunciou recentemente uma novidade para o Brasil, o "Uber ônibus", que já começou a operar.

Atualmente, a Uber conta com um grande número de motoristas e entregadores pelo mundo. Nos Estados Unidos, mais de sete milhões de pessoas desempenham essa função, conforme dados da própria empresa. 

O serviço se tornou uma fonte de renda essencial para muitas famílias, mas a automação pode transformar o setor em um futuro não tão distante.

Em entrevista ao Wall Street Journal, Khosrowshahi afirmou que a inteligência artificial e os veículos autônomos vão dominar o mercado de transporte nos próximos anos. “Daqui a 15 ou 20 anos, o veículo autônomo vai dirigir melhor do que qualquer motorista humano”, disse o CEO da Uber, reforçando a tendência da substituição dos condutores por tecnologias mais seguras e eficientes.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia analisaram dados de 2.100 acidentes com veículos autônomos e 35 mil envolvendo motoristas humanos. 

O estudo mostrou que, no geral, carros autônomos tomam melhores precauções de segurança, reduzindo o risco de colisões causadas por erro humano. No entanto, a pesquisa também apontou que esses veículos são mais propensos a acidentes durante a noite ou ao amanhecer, o que ainda representa um desafio para a tecnologia.

Se a previsão de Khosrowshahi se concretizar, a substituição dos motoristas de aplicativo poderá impactar milhões de trabalhadores ao redor do mundo. Muitos motoristas que hoje dependem da Uber e de outras plataformas precisarão buscar novas formas de emprego ou adaptação ao mercado de trabalho. 

A automação, por outro lado, promete reduzir custos operacionais para as empresas e aumentar a segurança nas estradas.