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Loja querida pelos paulistanos em 1990 foi do auge à derrocada; conheça

Com o fechamento, cerca de 2 mil funcionários foram demitidos

Fábio Rocha

Publicado em 29/01/2025 às 17:46

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Mappin atingiu seu auge, sendo considerado a empresa do ano / Paulo Giandália/Folhapress

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O século passado traz diversas recordações, e uma delas é o Mappin, uma das lojas de varejo mais queridas pelos paulistanos entre as décadas de 1970, 1980 e 1990. 

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Com uma forte presença na cidade de São Paulo, a loja se tornou referência no comércio, oferecendo uma grande variedade de produtos e marcando a história da capital com seus famosos comerciais e jingles inesquecíveis.

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Fundada no século XIX, a loja ganhou força ao longo das décadas, se consolidando como uma das principais redes de varejo do Brasil. Em 1983, o Mappin atingiu seu auge, sendo considerado a empresa do ano. 

No ano seguinte, foi eleita pela revista Exame como a melhor empresa de varejo dos últimos dez anos, um feito que demonstra sua relevância e popularidade no mercado.

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Uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup, em 1984, revelou a força da marca entre os consumidores. Segundo o levantamento, 97% dos moradores da capital paulista conheciam a empresa, e 67% já haviam realizado compras em suas lojas. 

Outra famosa empresa era a Daslu, loja considera das madames e o templo do luxo no Brasil.

O Mappin era sinônimo de qualidade e diversidade, oferecendo produtos que iam muito além dos eletrodomésticos, incluindo roupas, móveis e artigos para o lar.

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Nos anos 1990, a empresa investiu fortemente na expansão de suas operações. Em 1991, o Grupo Mappin adquiriu a Sears, outra grande rede varejista da época, incorporando cinco novas lojas, sendo duas delas em Campinas. 

Em 1995, o Mappin disponibilizava mais de 85 mil itens, ampliando ainda mais seu portfólio de produtos. 

No entanto, no final daquele ano, a empresa anunciou um prejuízo recorde de quase R$ 20 milhões, o que acendeu um alerta sobre sua sustentabilidade financeira. As dificuldades começaram a se tornar evidentes, e o grupo entrou em um período conturbado.

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Diante dos problemas financeiros, a empresária Sônia Cosette Alves, herdeira do negócio, decidiu vender a empresa para o empresário Ricardo Mansur, em 1996, por R$ 25 milhões. 

Mansur via no Mappin uma oportunidade de crescimento e, no ano seguinte, adquiriu também a Mesbla, outra gigante do setor de departamentos, com a intenção de unificar as marcas e expandi-las por todo o país.

O plano de Mansur era ambicioso: criar um império do varejo, com lojas espalhadas pelo Brasil. No entanto, a estratégia não saiu do papel. 

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Os problemas financeiros só aumentaram, e a fusão entre Mappin e Mesbla não conseguiu reverter o cenário negativo. A gestão enfrentava dificuldades para manter a operação funcionando e pagar fornecedores.

No ano de 1999, a crise atingiu seu ponto máximo. O Grupo Mappin acumulava mais de 300 pedidos de falência, e a dívida já alcançava impressionantes R$ 1,2 bilhão. A situação ficou insustentável, e a rede fechou as portas definitivamente, encerrando uma trajetória que marcou gerações de consumidores paulistanos.

Com o fechamento, cerca de 2 mil funcionários foram demitidos, e os clientes, que viam a loja como uma tradição familiar, ficaram órfãos de um dos maiores ícones do varejo paulista. 
 

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