Destaca-se "A Profecia dos Papas", atribuída a São Malaquias / Flickr/St. Malachy Catholic Church
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A recente internação do Papa Francisco, diagnosticado com pneumonia no dia 14 de fevereiro, reacendeu discussões sobre antigas profecias que preveem o fim do papado e até do mundo. Entre elas, destaca-se "A Profecia dos Papas", atribuída a São Malaquias, um arcebispo irlandês que teria tido visões em 1139 durante uma visita a Roma.
O texto misterioso, composto por 112 frases curtas, foi descoberto em 1595 pelo monge beneditino Arnold Wion. De acordo com Wion, os escritos de Malaquias estavam guardados nos arquivos secretos do Vaticano e descrevem as características dos futuros papas.
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A última profecia fala sobre "Pedro, o Romano", que conduziria a Igreja em meio a grandes tribulações, até a destruição da cidade das sete colinas (Roma) e o julgamento final.
A saúde fragilizada do Papa Francisco fez com que muitos interpretassem que ele poderia ser o "último papa" mencionado na profecia.
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Alguns acreditam que, diante da possibilidade de uma sucessão, um novo pontífice poderia adotar o nome Pedro, completando assim a visão de São Malaquias.
Segundo uma das interpretações do livro, o fim do mundo ocorreria 442 anos após a escrita da profecia, ou seja, em 2027.
A crescente tensão internacional, com a guerra na Ucrânia, o conflito no Oriente Médio e as disputas entre Estados Unidos e China, contribui para a sensação de um cenário apocalíptico, o que aumenta a curiosidade em torno das previsões.
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Embora muitos enxerguem um tom de veracidade nas descrições feitas por São Malaquias, estudiosos contestam a origem do texto.
Parte dos especialistas acredita que as profecias tenham sido fabricadas ou distorcidas no século XVI para influenciar a eleição papal de 1590, favorecendo o cardeal Girolamo Simoncelli.
Apesar disso, quem foi eleito naquela ocasião foi Niccolò Sfondrati, que assumiu como Papa Gregório XIV.
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A precisão das descrições dos papas até o século XVI e a imprecisão dos nomes posteriores levantam dúvidas sobre a autenticidade das visões.
Ainda assim, o conteúdo do livro continua a intrigar fiéis e curiosos, especialmente em tempos de crise global e incertezas na liderança da Igreja Católica.