As motivações chegaram a ser idênticas ao caso de Richthofen, em vários aspectos / Freepik
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Antes do caso de Suzane von Richthofen dominar os noticiários brasileiros no final de 2002, oito anos antes um caso similar aconteceu em Santos.
Em 29 de março de 1994, na Rua Pedro Américo, uma estudante de direito e de família da alta sociedade, assassinou os próprios pais com a ajuda do então namorado e de outra pessoa.
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Com as motivações sendo idênticas ao caso de Richthofen, como a reprovação dos pais em relação aos namoros, ela dizer que foi abusada pelo Pai e o desejo "herdar" a fortuna das vítimas.
Só que no caso da santista, a intenção inicial era assassinar apenas o pai, um comerciante português que era dono de aproximadamente 50 imóveis na cidade e era conhecido por ser rígido e severo.
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A princípio, a ideia era matá-lo em casa com um revólver, enquanto ele dormia. A data original do crime era em 26 de março, quando a estudante dopou os pais com diazepam em suas bebidas, para facilitar o processo. Como a vítima acordou antes do previsto, o ato foi abortado.
Três dias depois, em 29 de março, o casal conseguiu montar o cenário do crime. Agora, o namorado decidiu substituir o revólver por golpes de faca, e que não deveria haver testemunhas do ato e por isso resolveu matar também a mãe da estudante.
O único poupado foi o irmão desta, que na época era apenas um bebê.
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Para limpar o cenário, o namorado ainda contou com a ajuda de dois amigos que com uma caminhonete levaram os corpos das vítimas até um matagal no bairro da Alemoa, onde foram enterrados.
Depois do crime, a estudante tentou inventar uma história de acobertamento e resolveu ir justamente na casa de sua tia (irmã de seu Pai) alegando que eles tiveram uma briga severa no dia anterior e que ainda não tinha retornado ao local.
A primeira reação da tia foi ir até a casa onde aconteceu o crime, mesmo com as tentativas de impedimento da sobrinha.
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Ao chegar no local, se deparou com manchas de sangue em todos os cantos e as "desculpas" começaram a ruir. Alguns dias depois, a estudante e o namorado já estavam em prisão preventiva e sob custódia da Febem (por serem menores, na época).
Com a velocidade na investigação e com os corpos já localizados, os envolvidos foram levados à justiça em 1995.
A estudante foi condenada a 25 anos de prisão, mas foi libertada em 2008 e hoje vive isolada. No inventário ela foi classificada como "herdeira indigna", e perdeu tudo que tinha direito.
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