Os piratas chegaram em três navios, aos quais pertenciam a um perigoso capitão / Brendon Becker/Pexels
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Santos possui diversas histórias inusitadas, mas uma delas em específico, envolve a invasão de três navios piratas. O caso aconteceu em 25 de dezembro de 1591, e eles desembarcaram no porto da cidade.
Na ocasião, a população estava comemorando a data em suas casas e nas igrejas. Ao mesmo tempo, o bando começava a chegar nas praias do município, fortemente armados.
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Os barcos integravam a esquadra do famoso bandido Thomas Cavendish, pelos quais eram conhecidos como "Roebuck", do capitão Cocke; "Desire", do capitão John Davies e o "Blake Pinesse", do capitão Strafford.
De origem inglesa, os piratas começaram a invadir casas e saquear o que pudesse. Quem resolvesse intervir, era assassinado. Aos poucos eles começaram a adotar posições estratégicas para se apoderar da cidade.
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Após os piratas conseguirem tomar o controle do município, Cavendish veio para Santos, direto de São Sebastião, onde estava com outros dois navios, o "Leicester" do capitão Southwell e o "Daintie", do capitão Barker.
A permanência dos piratas em terras santistas durou dois meses. Eles roubaram tudo que era possível, chegando até mesmo a depredar e queimar o engenho dos arredores. Os bens furtados foram levados por eles para a região sul.
Um ano depois do ocorrido, em 1592, Cavendish resolveu retornar para Santos acreditando que a população havia se recuperado do episódio. Só que ele e sua equipe não esperavam que os moradores iriam responder a altura.
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Ao desembarcarem na praia santista, eles encontraram uma reação de pedreiros e mosquetaria, onde foram enfrentados com armas brancas, cercados e mortos sem piedade.
Entre os vitimados, estavam os capitães Southwell, Barker e Strafford. Os marujos sobreviventes se recolheram a bordo e fugiram de Santos horas depois.
Orgulhoso, Cavendish jamais aceitou ser derrotado e, em sua fúria, quis começar a querer se ressarcir em outras cidades litorâneas. Ele nunca mais voltou a pisar em terras britânicas e morreu em alto mar, onde seu corpo permanece até então.
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*com informações do livro "Segredos e Revelações da História do Brasil", de Gustavo Barroso.