O local é repleto de serpentes e possui a segunda maior concentração deste tipo de animal em todo o mundo / João Marcos Rosa/Ministério do Meio Ambiente
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O município de Itanhaém, localizado no Litoral Sul de São Paulo, tem uma ilha que é considerada um dos lugares mais perigosos do mundo. Isso porque o local é repleto de serpentes e possui a segunda maior concentração deste tipo de animal em todo o mundo.
Localizada a 35 km da costa, a Ilha da Queimada Grande possui cerca de 45 serpentes por hectare. Lá é também o único habitat da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie que está entre as mais perigosas da fauna terrestre.
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O local inclusive já foi visitado por um presidente da República.
Não é possível visitar o local sem autorização do SISBio. Além do mais, desembarcar na ilha é uma tarefa difícil, devido ao terreno de rochas escorregadias. O lugar é reservado somente a pesquisadores ambientais e pescadores, que necessitam de aval das autoridades para se aproximar do recinto.
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O SISBio só concede a liberação para adentrar na ilha mediante apresentação de uma proposta que é avaliada pelo ICMBio. Mesmo os pesquisadores e especialistas que vão na Ilha da Queimada Grande tomam os cuidados necessários. A caminhada é sempre com vestimenta adequada e atenção constante.
Na ilha, como não há muitos roedores ou outras presas, que são o alimento principal da jararaca-ilhoa, o veneno da espécie ficou ainda mais forte. Isso aconteceu porque estas cobras precisaram procurar outros tipos de presas, como aves. Assim, o veneno passou a ter uma concentração mais mortal, para aumentar a eficiência da caça.
Vale ressaltar que a jararaca-ilhoa é uma espécie ameaçada de extinção.
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O nome popular (Ilha das Cobras) surgiu por causa das habitantes que dominam o território: as cobras. Já o outro nome (Queimada Grande) foi adotado devido às queimadas que os antigos pescadores (que sem conhecimento desembarcavam para descansar) faziam para afastar os animais.
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