O artista levou quatro anos planejando a visita / Reprodução/YouTube Lawrence Wahba
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Um dos locais mais isolados e perigosos do mundo voltou a chamar atenção recentemente. O Atol de Bikini, um paraíso radioativo no meio do Oceano Pacífico, recebeu a visita de um grupo de exploradores que passaram apenas três horas na região, tempo limite para permanência segura.
O caso viralizou nas redes sociais, despertando a curiosidade sobre o motivo de restrição tão severa.
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O artista itinerante Kirk Hays, de 57 anos, viralizou na rede social TikTok após realizar o feito curioso e impressionante.
Nativo de Phoenix, no estado do Arizona, o artista levou quatro anos planejando a visita que durou apenas três horas.
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Este foi o período máximo possível; mais do que isso não seria seguro para o "pequeno grupo" de que Kirk estava acompanhado. Os visitantes tiveram que, primeiro, conseguir permissão para visitar o local.
Localizado nas Ilhas Marshall, o Atol de Bikini foi palco de testes nucleares conduzidos pelos Estados Unidos entre 1946 e 1958.
Hoje, suas paisagens paradisíacas escondem uma história marcada por explosões atômicas que alteraram para sempre a segurança do local.
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Embora seja possível visitá-lo para expedições de mergulho, a estadia deve ser breve devido às altas taxas de radiação ainda presentes na região.
Entre 1946 e 1958, os Estados Unidos realizaram 67 testes nucleares no atol, transformando a área em um dos locais mais contaminados do planeta.
As detonações liberaram radiação em níveis extremamente elevados, tornando inviável a vida na ilha.
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Em 1946, os 167 habitantes locais foram evacuados e transferidos para ilhas vizinhas sob a promessa de um retorno futuro. No entanto, as condições ambientais tornaram Bikini inabitável de forma permanente.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e registros do Departamento de Energia dos EUA, a contaminação persiste, impossibilitando a habitação e limitando visitas a curtos períodos.
Desde 1996, o atol recebe mergulhadores interessados em explorar os destroços de embarcações submersas durante os testes nucleares.
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No entanto, é necessário obter permissão oficial para visitar a região, e a estadia é estritamente monitorada.
Estudos apontam que permanecer mais de três horas no atol pode representar riscos à saúde devido à exposição prolongada à radiação.
Mesmo com os riscos, a história do Atol de Bikini continua fascinando pesquisadores, aventureiros e curiosos.
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O local se tornou um símbolo das consequências da Era Nuclear e um lembrete das transformações irreversíveis que a tecnologia pode causar no meio ambiente.