A vítima estava grávida de uma menina quando o crime aconteceu / Reprodução
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A cidade de Santos guarda diversas histórias, e uma delas é conhecida no país inteiro: o assassinato brutal de Maria Féa, mais conhecido como o crime da mala. Em 28 de outubro de 1928, Maria, casada com Giuseppe Pistone, foi morta grávida de seis meses e esquartejada pelo próprio, que tentou se livrar do corpo escondê-lo em uma mala. Os dois viviam um relacionamento turbulento, com ciúmes e conflitos financeiros.
Giuseppe, após matar Maria, transportou os pedaços de seu corpo até São Paulo, onde deixou a mala em uma sala de bagagens na Estação da Luz. A mala continha peças de roupas, objetos pessoais da vítima e a navalha utilizada no crime.
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O odor que emanava da mala logo chamou a atenção dos funcionários, que descobriram os restos mortais e acionaram a polícia. As investigações levaram rapidamente à identificação de Giuseppe como o autor do crime.
A vítima estava grávida de uma menina quando o crime aconteceu. Pistone tentou fugir para a Argentina, mas foi capturado pelas autoridades e levado a julgamento.
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Durante o processo, ele confessou o crime, alegando que o fez por ciúmes, mas sua justificativa não impediu que fosse condenado. Inicialmente, Giuseppe foi sentenciado à pena de morte, uma punição que ainda estava prevista no Código Penal da época, mas sua sentença foi posteriormente comutada para prisão perpétua.
O "Crime da Mala", como ficou conhecido, recebeu ampla cobertura da imprensa, tanto no Brasil quanto internacionalmente. O caso evidenciou a violência doméstica em uma época em que o tema ainda era pouco debatido. A brutalidade do assassinato e a tentativa desesperada de ocultação chocaram a sociedade e marcaram a história criminal de Santos.
Até hoje, o caso de Maria Féa é lembrado como um dos mais bárbaros crimes ocorridos na cidade. A história do "Crime da Mala" continua a ser uma referência nos estudos sobre a criminalidade no Brasil e é frequentemente revisitada por estudiosos e historiadores.
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Maria Féa está enterrada no Cemitério do Paquetá, em Santos, e seu túmulo ainda é visitado por muitas pessoas, atraídas pela trágica história. O cemitério, um dos mais antigos da cidade, é hoje palco de visitas de moradores e turistas interessados em conhecer mais sobre o chocante crime.