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Há 28 anos, queda do avião matava todos os Mamonas Assassinas

A madrugada do dia 2 para 3 de março foi marcada por uma tragédia que fez o Brasil parar

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 12/08/2024 às 15:00

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O grupo Mamonas Assassinas no auge do sucesso, em 1996, ano em que morreram / Arquivo Pessoal

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Diante da alegria das olimpíadas e o choro de Vinhedo, um acidente aéreo também chocou o Brasil há 28 anos.

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O Brasil chorou em 1996. 

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A madrugada do dia 2 para 3 de março foi marcada por uma tragédia que fez o Brasil parar. Naquele dia, o avião que levava todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas bateu na serra da Cantareira, em São Paulo, matando todos os tripulantes da aeronave. Não ficou ninguém vivo e o desastre teve grande comoção nacional. O país ficou de luto.

Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Samuel Reoli e Sergio Reoli, voltavam de um show em Brasília para descansarem com as suas famílias. Eles estavam de malas prontas para Portugal onde começariam uma turnê em breve, mas os planos e as vidas foram interrompidos naquele fatídico dia. Partiram com eles Sergio Saturnino, Isaac Souto, Jorge Luis Martini e Alberto Yoshiumi.

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A banda conquistou os brasileiros com canções alegres e apresentações irreverentes, batendo todos os recordes e previsões.  Ninguém imaginava a ascensão meteórica. Em apenas 7 meses, venderam 1,8 milhões de cópias do seu primeiro álbum, emplacavam um show atrás do outro e eram disputados pelos principais programas de auditórios das televisões brasileiras. Deixaram órfãos milhares de pessoas.

A queda

O que os brasileiros viram na manhã daquele 03 de março foi difícil de acreditar. Nos televisores uma cena trágica: Uma clareira aberta no meio da floresta com destroços do avião da banda querida, um learjet, modelo 25D, com os prefixos PT-LSD. As imagens eram feitas do alto com a ajuda de helicópteros.  No lugar da esperança de que aquilo não fosse verdade foi ficando um vazio que jamais foi preenchido. Os Mamonas fazem falta.

No palco do último show que fariam na vida, os Mamonas Assassinas pulavam fantasiados de coelho. Tocaram os sucessos do único disco com entusiasmo e, no fim, se despediram da plateia alertando que iam a Portugal, só não sabiam se voltavam. 

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Mamonas e o avião

Vale lembrar que os Mamonas demonstravam medo e fascínio por aviões, como se eles pudessem sentir o futuro. Dinho costumava fazer piadas com os problemas que ocorriam nos jatinhos que eles utilizavam para ir de um show ao outro, mas o mais impressionante foi dito pelo tecladista, Julio Rasec. Ele disse, no dia anterior, que sonhou com a queda do avião e a sua fala foi gravada e exibida nos programas televisivos da época.

Veja outras coincidências: Samuel costuma desenhar aviões, quando adolescente. Sergio, Bento e Samuel formaram a banda Ponte aérea, embrião da Utopia. Todos moravam perto do aeroporto de Guarulhos. No encarte do CD há um agradecimento a Santos Dumont por ter inventado o avião, entre muitas outras...

O filme

Várias homenagens póstumas foram feitas para a banda ao longo destes anos, entre elas, séries, documentários, álbuns e muitas outras. No ano passado, foi a vez do “Mamonas Assassinas, o filme”, que chegou aos cinemas no dia 28 de dezembro. Diante da expectativa do lançamento, o longa foi um sucesso de bilheteria e arrecadou mais de 3 milhões de reais em sua primeira semana, mas recebeu críticas negativas da crítica especializada. Dirigida por Edson Spinello, a obra acompanha a trajetória de vida e carreira dos integrantes da banda.

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Relembre o nome das faixas do famoso CD

1. "1406"  (Dinho / Júlio Rasec)
2. Vira-Vira (Dinho / Júlio Rasec)
3. Pelados em Santos (Dinho)
4. Chopis Centis (Dinho / Júlio Rasec) 
5. Jumento Celestino (Dinho / Bento Hinoto)
6. Sabão Crá-Crá  (Domínio Popular) 
7. Uma Arlinda Mulher (Dinho / Bento Hinoto / Júlio Rasec)
8. Cabeça de Bagre II  (Dinho/ Bento Hinoto / Júlio Rasec / Samuel Reoli / Sérgio Reoli / Henry Mancini)
9. Mundo Animal (Dinho)  
10. Robocop Gay (Dinho / Júlio Rasec) 
11. Bois Don't Cry (Dinho)
12. Débil Metal (Dinho / Júlio Rasec / Bento Hinoto / Samuel Reoli / Sérgio Reoli)
13. Sábado de Sol (Pedro Knoedt / Felipe Knoblitch / Rafael Ramos)
14. Lá Vem o Alemão (Dinho / Júlio Rasec)

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