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Há 27 anos, tragédia em travessia de balsa no litoral de SP fazia o Brasil chorar

Quatro funcionários de uma mesma empresa morreram juntos, sem chance de se salvar

Jeferson Marques

Publicado em 21/09/2024 às 14:44

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Balsa pouco mudou nos dias de hoje, apenas com um aparato para evitar quedas / Nair Bueno/Diário do Litoral

Um acidente na travessia de balsas entre Guarujá e Santos, no litoral de SP, foi notícia em todo o Brasil e deixou o país chocado. Durante dois dias, não se falava em outra coisa nos jornais, rádios e TVs.

Em 22 de dezembro de 1997, por volta das 12h25, um carro-forte com quatro ocupantes caiu dentro do canal do Estuário de Santos, quando a balsa prefixo FB-17 fez uma manobra mais fechada. Uma espécie de curva.

Por conta de um assalto no ano anterior, era regra, em 1997, que carros-fortes ficassem sozinhos na embarcação, sem outros veículos à sua volta. Sem o freio de mão acionado corretamente, o veículo deslizou para o mar, mesmo com os gritos da tripulação, que não foram ouvidos pelos ocupantes.

Um dos atracadouros do lado do Guarujá ficou interditado para que os bombeiros montassem ali uma base enquanto as operações de resgate eram iniciadas.

A água muito turva dificultava a visualização do carro-forte. Todavia, poucas horas após o veículo ter mergulhado de forma acidental, já não se falava em socorro às vítimas, mas, sim, em resgate dos corpos para um velório digno.

Às 18h45 do mesmo dia o veículo foi encontrado no fundo do canal, em meio ao lodo, há 25 metros de profundidade, com as portas fechadas e as rodas viradas para cima, o que indicava que os 4 funcionários estavam mortos lá dentro.

A operação de resgate dos corpos, por sua complexidade e o peso de 7 toneladas do carro-forte levou quase 12 horas para ser concluída. Às 0h15 do dia 23 de dezembro, o carro foi içado para a superfície e os 4 cadáveres foram retirados pelas portas laterais.

**Nossos mais profundos sentimentos aos familiares e amigos de José Irinaldo dos Santos, João Carlos Jesus de Sousa, Jorge Rodrigues Bueno e João Batista dos Santos, os quatro seguranças que estavam dentro do carro-forte naquele começo de tarde trágico de 22 de dezembro de 1997.**

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