Entenda o motivo dos sinais de trânsito ganharem uma nova cor / Divulgação
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Quem dirige já sabe uma regra básica: verde é siga, amarelo é atenção e vermelho é pare! As cores do sinal de trânsito é algo que se aprende na escola infantil, primeiro para que sejamos pedestres obedientes e depois bons motoristas. Mas se esta jornalista te falar que esta regra está prestes a mudar?
É isso mesmo. Cientistas, especialistas e pesquisadores estão estudando a possibilidade de implantar a quarta cor no semáforo - o sinal branco. Tudo por causa da expansão dos veículos autônomos.
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A ideia tem âmbito mundial com o objetivo de permitir uma maior fluidez no tráfego de veículos, principalmente em grandes centros urbanos.
Com o aumento da produção de carros que não têm a necessidade de intervenção humana direta, uma quarta cor pode ajudar já que a tecnologia de ponta destes veículos permite que eles percebam e naveguem de acordo com o ambiente ao seu redor.
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E como funcionaria? Segundo pesquisadores da North Carolina State University, nos Estados Unidos, as três primeiras cores - as que já conhecemos - permaneceriam com as mesmas funções. Já a adição do sinal branco serviria para alertar os motoristas humanos para apenas "seguir o carro à sua frente".
Ou seja, a luz branca indicaria aos motoristas que os carros autônomos (sem motoristas) estão coordenando o seu movimento, tornando o tráfego mais eficiente durante um congestionamento. Assim, todo motorista humano presente naquele alcance será informado pela luz branca: “pare” se ela apagar, “continue” se estiver acesa.
A intenção é que os veículos autônomos se comuniquem uns com os outros e com os semáforos nos cruzamentos dentro de certo alcance. Para os pesquisadores, esta medida reduziria significativamente os atrasos no trânsito.
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Se em algum cruzamento, por exemplo, o número de carros autônomos for insuficiente e abaixo de determinado limite, os semáforos voltam à opção normal de vermelho, amarelo e verde.
Nos carros autônomos, a Inteligência Artificial opera para processar dados do ambiente, tomar decisões de trajetória e utilizar técnicas avançadas de aprendizado de máquina. Essa integração de recursos e componentes tecnológicos permite que o veículo seja conduzido sem a necessidade de um motorista humano.
No Brasil, eles ainda não são populares e nem permitidos, já que não possuem regulamentação específica. No entanto, este é um tema em discussão na Câmara de Deputados desde o ano passado.
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O Projeto de Lei 1317/23, de autoria do deputado Alberto Fraga (PL-DF), visa regulamentar a utilização de veículos autônomos no Brasil. Em tramitação na Câmara dos Deputados, a proposta aborda o papel do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e trata da responsabilidade por acidentes ou infrações de trânsito.
As regras propostas seriam inseridas no Código de Trânsito Brasileiro. Fraga argumenta que a medida é fundamental. “Trata-se de uma novidade tecnológica que poderá rapidamente fazer parte do nosso cotidiano, e o Parlamento não pode se esquivar de discutir o assunto e garantir a segurança dos cidadãos”, afirmou.