Apesar das chances serem quase nulas, Brasil não está 100% livre de furacões / Foto de ALTEREDSNAPS/Pexels
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Muitas pessoas, sem o devido conhecimento, defendem a ideia de que o Brasil está livre de sofrer com furacões e jamais viverá o que os Estados Unidos, por exemplo, vivem hoje, com a chegada do furacão Milton, em categoria 5 - a mais grave e destruidora -.
É claro que a chance de um furacão passar ou se formar pelo Brasil é mínima. Todavia, ela não chega a ser zero, e as atuais mudanças climáticas podem combinar fatores para isso - mesmo que, ainda, com possibilidades remotas -.
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Conforme citamos acima, um furacão não se forma apenas por condição única. Uma série de fatores precisam se combinar para que este monstro da natureza ganhe vida.
O ingrediente principal para se formar um furacão são águas quentes. Depois temos o calor e, por último, a umidade. São 3 itens que, combinados, entregam a receita do caos.
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Um furacão se forma através da energia térmica liberada quando o ar, extremamente úmido, sobe para as camadas mais altas da atmosfera, entrando em condensação.
É por isso que, ao se aproximarem do continente, a tendência é a dos furacões perderem um pouco sua força destrutiva, pois a oferta de umidade e calor é menor do que nos oceanos.
As águas mais quentes do Brasil estão no Nordeste e, mesmo assim, sua temperatura não passa dos 25º C. Para a formação de um furacão essa mesma temperatura precisa ser um pouco maior e passar dos 27º C.
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Além disso, o furacão precisa de vento e velocidade em constância e estável com a altura da atmosfera, o que não é muito comum no Brasil, já que, por aqui, as forças do vento são em sentidos contrários, deformados e com muitos cortes, as conhecidas "tesouras de vento", o que, por sí só, não permitem que esse fenômeno cresça.
Michael Pantera, meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergência de São Paulo, disse à BBC que não se pode dar 100% de segurança sobre o Brasil não ter furacões nos próximos anos, já que o aquecimento global tem feito mudanças no clima do planeta significativas e que podem, sim, influenciar na combinação de fatores.
*Com informações da BBC, Climatempo e Centro de Gerenciamento de Emergência de SP
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