31 de Outubro de 2024 • 13:22
Cientistas descobriram ferimentos dolorosos e limitantes nas patas de ursos polares / Foto de Francesco Ungaro/Pexels
Pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, perceberam que mais da metade de um grupo de ursos polares do Ártico apresentava ferimentos severos ou cicatrizes enormes em suas patas, e chegaram à conclusão de que as mudanças climáticas - aceleradas pelo aquecimento global - estão causando sofrimento a esses animais.
Com o Ártico descongelando e congelando novamente, por diversas vezes, crostas brutas e pontiagudas de gelo acabam se formando no solo e fazendo o papel de uma grande navalha, abrindo rasgos nas patinhas dos ursos polares.
Há, ainda, a formação de crostas muito duras, que acabam se prendendo na pata desses animais e causando traumatismos dolorosos a cada pisada no chão, o que fazem com que eles evitem andar para procurar comida, procurar por seus companheiros etc.
Kristin Laidre, autora principal e líder do estudo, disse que as alterações climáticas estão causando ainda mais sofrimento para os ursos polares, por exemplo, do que se podia prever.
Essa alteração no gelo por conta de descongelamento e demais efeitos inconstantes que o aquecimento global está trazendo fez a cientista ampliar seu apelo por medidas mundiais urgentes e efetivas contra o que classificou de "mudanças assombrosas".
Na Groenlândia Oriental um grupo de 16 ursos também apresentava as mesmas lesões, mostrando que as mudanças climáticas estão impactando diretamente a fauna ártica. E isso seria só o começo.
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