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Entenda o que significa o termo 'estado de sítio'

Tema é discutido há décadas, mas ainda gera dúvida nas pessoas

Jeferson Marques

Publicado em 09/02/2024 às 12:41

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A Constituição Federal de 1988 / Valter Campanato/Agência Brasil

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Estado de Sítio. Com certeza, em algum momento, você já se deparou com esse termo.

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Seja em uma roda de conversa sobre política, na TV ou lendo algum jornal ou artigo na internet, o estado de sítio surgiu em algum momento. Mas, de fato, o que ele significa?

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O estado de sítio está previsto na nossa Constituição Federal (1988) e vai do artigo 137 ao 141.

Ele é um mecanismo burocrático que pode ser usado caso o Governo Federal entenda que a ordem do Estado Democrático de Direito está ameaçada. Em suma, é quando os direitos coletivos, individuais, sociais e políticos são garantidos por ela: a Constituição.

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No Brasil o estado de sítio tem prazo para começar e acabar, e dá ao Poder Executivo (governo) autonomia para tomada de decisões sem que os poderes Legislativo e Judiciário interfiram. Resumidamente, a política da "boa vizinhança" entre os três poderes é diretamente afetada.

Aqui, o que o Executivo decidir precisa ser feito de imediato.

Comoção grave de repercussão nacional, fracasso do estado de direito em tomada de medidas eficazes e resposta à agressão armada de outros países ou declaração de guerra são os três motivos que podem decretar o estado de sítio.

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Para decretar o estado de sítio o presidente da república precisa, antes de mais nada, consultar os conselhor da República e Defesa. Estes devem opinar sobre o tema com clareza e serem diretos se concordam ou não. 

Como 2º passo o presidente encaminha o pedido de estado de sítio ao Congresso Nacional, que tem 5 (cinco) dias para decidir se aceita ou não a medida. Para ser aprovado precisa dos votos da maioria (50% +1).

O estado de sítio tem duração de no máximo 30 dias, que pode ser prorrogado por mais 30 dias até que haja o entendimento de que a situação esteja sob controle novamente.

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Mesmo em estado de sítio o Congresso Nacional não deixa de funcionar, e deve nomear 5 membros para formar uma comissão que vai avaliar cada decisão do Executivo. 

Quando o estado de sítio termina, cabe ao presidente da república relatar ao Congresso Nacional todas as medidas que ele adotou no período. Se houver dúvidas sobre alguma delas, uma investigação é aberta e, se comprovado algo ilegal, o presidente responde por crime de responsabilidade.

O Brasil já decretou estado de sítio 8 vezes ao longo da sua história.

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