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Entenda o que é a Síndrome do Impostor e veja se você é vítima de autossabotagem

Essa situação é vivida, geralmente, por aqueles que são bem-sucedidos naquilo que fazem, mas acreditam que o seu sucesso é pura sorte ou coincidência

Márcio Ribeiro

Publicado em 07/01/2025 às 12:00

Atualizado em 07/01/2025 às 13:45

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O indivíduo tem medo de fazer tarefas para evitar falhas e pode até fugir de possibilidades conquistadas com muito suor / Pixabay

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Se você tem insegurança na sua própria capacidade, não se acha preparado para fazer as coisas que lhe são confiadas, se tem medo de ser desmascarado por se sentir uma fraude ou se acha que não é merecedor de suas vitórias, fique atento, pois você pode estar sofrendo da “Síndrome do Impostor”.

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Descrita pela primeira vez em 1978 com a nomenclatura “impostor”, pelas pesquisadoras da Universidade do Estado da Geórgia, Pauline Rose Clance e Suzanne Imes, em um artigo usado para descrever as pessoas que apresentavam sinais de autoboicote.

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Essa situação é vivida, geralmente, por aqueles que são bem-sucedidos naquilo que fazem, mas acreditam que o seu sucesso é pura sorte ou coincidência, principalmente quando o seu achismo não condiz com a realidade.

Quem sofre com estes sintomas pode ter também raiva, esgotamento, tristeza, autoavaliação constante e uma busca inalcançável da perfeição. 

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O indivíduo tem medo de fazer tarefas para evitar falhas e pode até fugir de possibilidades conquistadas com muito suor, além de não querer sair da sua zona de conforto, isto é, começa a perder oportunidades e passa a se autossabotar.

É interessante observar que o artigo de Rose Clance e Imes era direcionado claramente a mulheres, pois a dinâmica familiar e todo o machismo que rodeava o sexo feminino na década de 1970 as faziam duvidar das suas próprias capacidades. 

Atualmente, pode se dizer que a síndrome  atinge principalmente as chamadas “minorias” que, ironicamente, são a maioria da população, isto é, os grupos sociais historicamente excluídos do processo de garantia dos direitos básicos por questões étnicas, de origem, por questões financeiras, por questões de gênero e sexualidade, além das pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

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Em 2019, a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais publicou um artigo sobre o tema, onde destaca a preocupação crescente dos pesquisadores nos últimos anos, a respeito do assunto.   

O material chama a atenção para a percepção do fenômeno entre os estudantes de medicina que eram atendidos pelo Núcleo de Apoio Psicopedagógico da Unidade. O ambiente acadêmico e ambientes de trabalho muito competitivos também podem ser gatilhos para o desenvolvimento dos sintomas.

De acordo com os especialistas, essa ocorrência não é uma patologia e nem uma condição de saúde mental, mas um comportamento aprendido desde a infância e, portanto, reversível. A Síndrome do Impostor pertence mais ao campo da psicologia do que ao da psiquiatria.

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A busca por ajuda profissional pode ser o primeiro passo para melhorar a qualidade de vida, pois a pessoa pode compreender as origens da sua insegurança e aprender habilidades para lidar com os pensamentos de autossabotagem que surgirem, além de investigar se a sensação de farsa é um problema isolado ou se é um sintoma de algum outro transtorno, como a depressão ou um quadro de ansiedade.

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