Interior de São Paulo já foi atingido pela 'Supercélula' duas vezes neste ano / Reprodução/X
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Na última sexta-feira (17), a cidade de Alambari, no interior de São Paulo, presenciou um fenômeno conhecido como "Supercélula". Confirmado pela Defesa Civil do Estado, é a segunda vez que ele acontece na região neste ano, e novamente pode ser avistado por municípios como Sorocaba e Itapetininga.
A supercélula é uma tempestade caracterizada pela presença de um mesociclone, uma corrente de ar ascendente girando no interior da nuvem, que resulta em tempestades girantes.
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Das quatro classificações de tempestades (supercélula, multicélula, unicélula e linha de instabilidade), esta é a mais severa e acontece em poucas ocasiões.
Isolada de outras tempestades, a supercélula pode controlar o clima em até 32 km de distância. Como consequência, o fenômeno pode causar chuvas volumosas, raios e ventanias. Já as formações mais perigosas podem resultar na formação de tornados.
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As supercélulas normalmente são classificadas em três tipos: clássica, baixa precipitação e alta precipitação. No último caso, elas podem surgir em qualquer lugar do mundo sob as pré-condições necessárias a sua formação, mas costumam ser vistas principalmente nas Grandes Planícies dos Estados Unidos.
No Brasil, ela pode ocorrer nas regiões Sul e Sudeste, onde foi registrado na última sexta no vídeo abaixo:
Embora apareça, às vezes, em linhas de instabilidade, as supercélulas geralmente são isoladas de outras tempestades.
Normalmente elas são encontradas na parte quente de um sistema de baixa pressão e geralmente se propagando em uma linha com frente fria do sistema de baixa pressão.
Por durar várias horas, estes sistemas de tempestades são praticamente estáveis, e podem se desviar para a direita ou para a esquerda dos ventos predominantes.
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Esses sistemas podem desenvolver duas correntes de ar ascendentes separadas com sentido de rotação opostos, aos quais divide a tempestade em duas supercélulas que se afastam uma da outra.