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Entenda como famoso longa nacional teve uma segunda chance no Oscar

Produção teve uma história bastante inusitada, durante o período de elegibilidade ao prêmio

Gabriel Fernandes

Publicado em 10/01/2025 às 21:28

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Douglas Silva em cena do longa / Miramax/Divulgação

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Em maio de 2002, o cineasta Fernando Meirelles lançava no Festival de Cannes aquele que seria um dos principais títulos do cinema brasileiro: "Cidade de Deus". 

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Após o surpreendente sucesso por lá e ter conquistado quase 50 prêmios de melhor longa em diversos festivais pelo mundo, era quase certa uma possível indicação (e até mesmo vitória) como melhor filme estrangeiro.

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Na época, os responsáveis pela escolha do representante do Brasil ao Oscar, era a Agência Nacional de Cinema (Ancine). Mesmo com um otimismo no voto unânime, eles se esqueceram de um pequeno detalhe: a recepção dos votantes da premiação.

Como não ainda existia um streaming para os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, até então muitos tinham de ir até os cinemas para conferir os potenciais indicados ao careca dourado. 

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Com a ausência de uma campanha e incentivo para eles assistirem a "Cidade de Deus", a produção não foi bem recebida pela pouca parcela que o assistiu e ele acabou não sendo selecionado pela Academia.

Segunda Chance

Se o longa de Meirelles tivesse conseguido receber a indicação na categoria em 2003, ele não poderia voltar a receber mais indicações na edição seguinte do Oscar. Isso é um fato. 

Ao se deparar com essa situação, entrou nesta história o então presidente da Miramax, o polêmico Harvey Weinstein. Dono do estúdio junto de seu irmão Bob, eles eram responsáveis pela distribuição de "Cidade de Deus" no mercado internacional.

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Ao perceber a possibilidade das indicações ao Oscar em montagem, roteiro adaptado e fotografia, Harvey contactou o próprio Meirelles sobre a existência destas chances. 

Então o executivo passou a usar sua influência e poder para conseguir que isso se concretizasse, bancando uma nova e grandiosa campanha do filme para o Oscar 2004.

Ele não só conseguiu que isso se concretizasse, como também foi surpreendido pela indicação de Fernando Meirelles na categoria de direção. Embora originalmente ele não acreditasse que isso seria possível.

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Ao mesmo tempo, o Brasil havia escolhido como seu representante na premiação o longa "Carandiru", do cineasta Hector Babenco. Só que ele não conseguiu ficar entre os cinco indicados a filme estrangeiro.

Porém, a produção acabou perdendo suas quatro indicações, e desde então nenhum outro filme brasileiro conseguiu receber mais de uma indicação em uma mesma edição do Oscar.

Só que tudo isso pode mudar no próximo domingo (19), quando saem os indicados ao Oscar 2025 e "Ainda Estou Aqui" segue cotado em Atriz para Fernanda Torres e Filme Estrageiro. 

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