Entenda como o aquecimento do mar no Litoral provoca temporais em SP

A temperatura superficial do Oceano Atlântico no Litoral Paulista aumentou cerca de um grau entre 1950 e 2010, passando de 21,5°C para 22,5°C.

Pode parecer pouco, mas uma das consequências desse aquecimento é o aumento na taxa de evaporação da água, combustível que torna a brisa marinha ainda mais carregada de umidade.

Esse processo tem repercussões sobre o clima acima da Serra do Mar, no Planalto, onde fica a Grande São Paulo.

Isso por que boa parte das chuvas na Região Metropolitana ocorre entre o meio e o final da tarde, depois das 15 ou 16 horas.

Essa é, justamente, a hora em que a brisa marinha, quente, úmida e vinda da Baixada Santista, termina de subir a serra e atinge a megalópole.

Política Pública

Para tentar conter os efeitos da ação humana no clima a Prefeitura instituiu a Política Municipal da Mudança do Clima de São Paulo.

Promulgada em 2009, a Lei 14.933 tem o objetivo de assegurar a contribuição do Município no cumprimento dos propósitos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

Com isso, São Paulo tenta minimizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera em um nível que impeça uma interferência antrópica (humana) no sistema climático.

A Lei prevê a articulação institucional realizada pelo Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia, que é um órgão colegiado e consultivo.

Em resumo: combater o aquecimento global e as mudanças climáticas implica que a produção de alimentos não seja ameaçada e permite que o desenvolvimento econômico prossiga de maneira sustentável.

Apesar de todas as mudanças nas últimas décadas, 'Alguma coisa (ainda) acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João...'. Mas, se nada fizermos para frear o quadro atual, só restará pedir: 'Bendita Rita da lua cheia, rogai por mim (por nós) nesse começo de fim...'.