Apesar dos avanços, as disparidades regionais permanecem evidentes / Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O rendimento médio dos trabalhadores no Brasil alcançou R$ 3.225 em 2024, o maior valor já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que oito estados e o Distrito Federal superaram essa média, evidenciando disparidades regionais e a influência de setores como o funcionalismo público.
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O Distrito Federal lidera o ranking, com um rendimento médio de R$ 5.043, valor 56% superior à média nacional e 146% maior que o registrado no Maranhão, estado com o menor rendimento do país (R$ 2.049).
A capital federal se destaca devido à alta concentração de servidores públicos, que recebem remunerações acima da média da iniciativa privada.
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Além do Distrito Federal, os estados que apresentaram rendimento médio superior ao nacional foram:
São Paulo: R$ 3.907;
Paraná: R$ 3.758;
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Rio de Janeiro: R$ 3.733;
Santa Catarina: R$ 3.698;
Rio Grande do Sul: R$ 3.633;
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Mato Grosso: R$ 3.510;
Mato Grosso do Sul: R$ 3.390;
Espírito Santo: R$ 3.231.
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Goiás, apesar de não superar a média nacional, ficou próximo, com um rendimento de R$ 3.196.
A pesquisa do IBGE, que analisa o mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, revela que 13 estados e a média nacional alcançaram recordes históricos de rendimento em 2024.
Entre eles estão Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e os três estados do Sul: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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Apesar dos avanços, as disparidades regionais permanecem evidentes. Estados do Norte e Nordeste, como Ceará (R$ 2.071), Bahia (R$ 2.165) e Pará (R$ 2.268), ainda registram rendimentos significativamente abaixo da média nacional.
O levantamento também aponta uma queda na taxa de desemprego em 14 estados, que atingiram os menores índices desde o início da série histórica.
Essa redução pode ser atribuída à recuperação gradual do mercado de trabalho após períodos de crise econômica e à expansão de setores como comércio, serviços e tecnologia.
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No entanto, o mercado de trabalho brasileiro continua marcado por desigualdades estruturais.
Fatores como nível de escolaridade, formalização do emprego e concentração de atividades econômicas impactam diretamente a remuneração dos trabalhadores.
Regiões com maior presença de empregos no setor público ou em indústrias de alto valor agregado tendem a apresentar melhores resultados salariais.
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