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Água e cristais de carbono, dois elementos que deram origem à vida, foram confirmados em uma análise inicial rápida
Uma espaçonave da Nasa coletou, em 2020, 120 gramas de regolito / NASA / Goddard/ Perfil Brasil
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Amostras preservadas de qualquer contaminação terrestre do asteroide Bennu revelam a presença de minerais e aminoácidos essenciais para o surgimento da vida, isso de acordo com estudo publicado nessa quarta (29), pela Nature Astronomy.
Uma espaçonave da Nasa coletou, em 2020, 120 gramas de regolito (camada de poeira e cascalho) do asteroide que estava a 300 milhões de quilômetros da terra. A valiosa carga voltou à Terra em 2023 em uma cápsula bem vedada, permitindo que os especialistas estudassem o material sem o risco de contaminação atmosférica.
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Água e cristais de carbono, dois elementos que deram origem à vida, foram confirmados em uma análise inicial rápida, mas o asteroide, na verdade, abriga muito mais compostos do que os encontrados na Terra.
As amostras incluem quatorze dos vinte aminoácidos úteis para proteínas em formas de vida na Terra, bem como as cinco bases que compõem o DNA e o RNA de todos os seres vivos. Também foram encontrados aminoácidos muito raros e incompatíveis com a biologia terrestre, além de milhares de formas de compostos nitrogenados.
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O asteroide, que na verdade é um aglomerado de detritos, teria se formado há pelo menos 65 milhões de anos, a partir de uma ou mais estrelas maciças, cuja origem remonta dos primórdios do sistema solar.
Essa descoberta reforça o argumento da teoria de que a vida não poderia ter surgido na Terra sem a contribuição extraterrestre.