Plínio Marcos foi um escritor, autor, ator, diretor de teatro e jornalista / Divulgação
Continua depois da publicidade
Plínio Marcos de Barros foi um escritor, autor, ator, diretor de teatro e jornalista. Sempre mostrando um talento incrível, ele nascido em Santos, no dia 29 de setembro de 1935, escreveu diversas peças de teatro, especialmente durante o regime militar, mostrando toda sua força e valência para enfrentar o sistema.
Durante sua vida, ficou conhecido principalmente pelas suas obras que abordavam temas sociais e políticos, contendo uma visão crítica sobre a realidade vivida.
Continua depois da publicidade
Nascido em uma família modesta, Plínio costumava dizer que nunca foi fã dos estudos, e concluiu apenas o ensino primário. Durante a juventude, chegou a ser funileiro, serviu na Aeronáutica e chegou a jogar futebol na Portuguesa Santista. Porém, aos 17 anos, entrou no mundo do circo, e foi o que definiu o seu futuro.
Influenciado pela jornalista Patrícia Rehder Galvão, conhecida como Pagu, envolveu-se com o teatro amador, em Santos. Em 1958 escreveu a sua primeira obra teatral, a Barrela, que foi um caso verídico que aconteceu com um jovem currado na cadeia. Por causa da linguagem crua, a peça permaneceu proibida durante 21 anos.
Continua depois da publicidade
Dois anos depois, mudou-se para São Paulo, e começou trabalhando como camelô, ator de teatro e de TV. Participou e administrou alguns programas e seriados, principalmente na TV Tupi.
Plínio foi ganhando cada vez mais destaque e participando cada vez mais de programas e seriados. Na década de 1980, mesmo com a censura da Ditadura Militar, escreveu para os jornais Última Hora, Diário da Noite, Guaru News, Folha de S. Paulo, Folha da Tarde, Diário do Povo e para a revista Veja.
Além disso, participou de diversas publicações, como “Opinião”, no O Pasquim, e Versus, na revista Placar. Após a ditadura, Plínio continuou a escrever romances e peças de teatros, tanto adultas como infantis.
Continua depois da publicidade
O artista fez sucesso internacionalmente, pois suas obras foram traduzidas, publicadas e encenadas em francês, espanhol, inglês e alemão. Além de receber diversos prêmios nacionais em todas as atividades que abraçou.
Plínio Marcos tinha diabetes, e sua saúde acabou entrando em declínio a partir de agosto de 1999, quando sofreu acidente vascular cerebral (AVC), que acabou deixando sequelas, como a paralisação do seu lado esquerdo. No fim de outubro, sofreu um segundo AVC e foi internado no Instituto do Coração com infecção pulmonar.
No dia 19 de novembro de 1999, aos 64 anos de idade, Plínio faleceu. Seu corpo foi cremado no Crematório da Vila Alpina e as cinzas foram jogadas no mar da Ponta da Praia, em Santos.
Continua depois da publicidade
Após sua morte, foi homenageado pelo Estado de São Paulo, colocando seu nome em um dos túneis da Rodovia dos Imigrantes.
"Navalha na Carne" (1967) - Talvez sua obra mais famosa, é um drama que retrata a vida de um grupo marginalizado da sociedade, explorando temas como violência, marginalização e o lado mais sombrio da existência humana.
"Dois Perdidos numa Noite Suja" (1966) - Uma peça que examina a vida de dois homens que vivem à margem da sociedade, abordando questões como pobreza, desesperança e a busca por um sentido de pertencimento.
Continua depois da publicidade
"Abajur Lilás" (1978) - Esta peça explora a vida de uma mulher que busca escapar da realidade opressiva e encontra refúgio em uma fantasia delirante, mostrando a fragilidade das fronteiras entre sonho e realidade.