É perceptível que não só de histórias antigas vivem as cidades / Márcio Ribeiro/DL
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Grande parte do litoral de São Paulo é recheado de histórias misteriosas e enigmáticas que fogem da compreensão humana e, por isso, atrai curiosos e apaixonados pelo assunto de diversas partes do país. Tem as lendas, casos de assombrações e até histórias ufológicas que deixam as pessoas mais perto de algo que remete ao primitivo, algo ausente nos dias de hoje, no mundo cada vez mais globalizado.
É perceptível que não só de histórias antigas vivem as cidades, pois muitas outras continuam a acontecer bem mais perto do que você imagina e, inclusive, podem estar acontecendo neste exato momento.
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Nessa publicação, você vai conhecer cinco novas histórias coletadas nos últimos anos no litoral sul. Conhecê-las, independentemente da sua crença ou da veracidade das histórias, pode ser uma tentativa de conexão com o passado, com o lado humano, com um lado mais romântico e passional de tempos idos ou mesmo com as histórias contadas pelos avós.
Três amigos combinaram de pescar na Praia do Índio, em Peruíbe, pitoresca e localizada em um dos flancos da Serra do Itatins. Chegaram cedinho para contemplar o nascer do sol e esperar a melhor hora da maré.
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De repente, encostado em uma pedra, estava uma pessoa, de cabelo rasta e de aspecto muito estranho, pois não apresentava comportamento normal.
Esta pessoa estava lá de frente para as pedras, escondendo o rosto, como nas brincadeiras de esconde-esconde. Os três amigos ficaram em silêncio e não foram perturbá-lo, porém continuaram observando.
O ser, que parecia ter uma cauda, saiu do seu transe, olhou para o sol e foi pulando rumo ao mar, onde sumiu nas águas do oceano. Até hoje, ninguém sabe o que era e os três jamais voltaram à Praia do Índio.
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Um Monitor Ambiental estava guiando um grupo na Barra do Una, também em Peruíbe. Combinaram, entre outras coisas, de ver o sol nascer do alto do costão, pois o lugar tem uma beleza cênica única.
Aguardavam o nascer do sol quando apareceu um homem que parecia ter uns três metros de altura e todo de branco.
Um dos turistas disse ao monitor se ele estava vendo aquilo. Todos estavam vendo e o guia da unidade de conservação disse que poderia ser uma “visagem”, termo usado para falar de assombração e coisas do tipo.
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O Homem grande parecia não ter pés e flutuava pelas pedras. Ele entrou na rocha e sumiu sem fazer mal algum para eles, mas deixando-os assustados e com muito medo.
Não há mais moradores na Cachoeira do Guilherme, lugar místico e sagrado para a maioria dos moradores da Juréia, em Iguape, pois morreram alguns e os outros foram embora do local.
Mas mesmo sem ninguém, alguns pescadores que se aproximam costumam escutar cantorias de fandango vindo das casas abandonadas.
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Quem estaria cantando? A música já foi ouvida por muitas pessoas e arrepia e assombra qualquer um.
Teve um rapaz que estava visitando o local e viu uma senhora varrendo uma das poucas casas da antiga comunidade. Ele conversou com ela, ouviu histórias e deram risadas, conversando coisas aleatórias.
Quando ele entrava no barco para ir embora, lembrou da simpática senhora e perguntou aos demais se ela ficava lá sozinha, naquele lugar sem luz e sem ninguém.
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Grande foi o assombro dele quando soube que não havia ninguém naquela casa. Mesmo assim, voltaram para procurar e não acharam ninguém, exceto a vassoura velha encostada na parede.
Ainda na Juréia, em Iguape, lugar que mantém a Mata Atlântica e muitos mistérios intocados pelo homem, um grupo se preparava para ir embora de uma “tapéra” que existe nas voltas do Rio Una, mas o motor do barco não pegava de jeito algum. Após muitas tentativas, nada do motor funcionar!
O caiçara que pilotava o barco foi o único que viu um ser baixo, todo de preto, de braços cruzados, bem na proa. O ser assustador parecia um cachorro com chifres.
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Ele perguntou se alguém pegou algo da antiga casa abandonada, quando um tripulante mostrou um pano de prato que levaria como recordação.
Após a bronca que esse passageiro levou e o objeto devidamente devolvido, o motor voltou a pegar, alegrando a todos.
A criatura chifruda pulou da embarcação e sumiu na imensidão da floresta, deixando todos em paz.
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Uma pessoa procurava histórias de assombração andando pela Juréia. Em um certo lugar, encontrou um homem de aspecto estranho disposto a mostrar algo que ele nunca havia visto na vida e que talvez nunca mais voltasse a ver.
Após breve preparativo e advertências, entraram em uma trilha rumo à escuridão da mata, pois o que eles queriam ver só era possível à noite e naquele dia. Após longa caminhada, pararam.
Como era possível aquilo? Havia uma igreja muito iluminada no meio da floresta. Muitas pessoas bem vestidas chegavam de toda parte para o evento que acontecia lá dentro.
No caminho, as pessoas – de terno – pareciam não notar a presença deles, pois os ignoravam completamente. A igreja possuía luzes com cores de aspecto indizível: tudo muito lindo e vívido.
Na entrada principal daquele santuário, um homem colocou a mão na frente e, sem olhar diretamente para eles, disse assim: “Ainda não é a hora nem o lugar de vocês. Retira-te!”, e assim eles se foram.
No dia seguinte, o caçador de histórias refez todo o percurso na mata para achar aquela construção, mas não havia o mínimo vestígio dela. O homem de aspecto estranho, que também nunca mais foi visto e que ninguém conhecia, disse que ela fica visível a cada sete anos em uma determinada lua cheia.