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Conheça a história do veleiro centenário, símbolo de cidade do Litoral de SP

Embarcação construída na década de 1920 nos Estados Unidos ainda participa de regatas nacionais e internacionais

Luana Fernandes

Publicado em 07/02/2025 às 12:00

Atualizado em 07/02/2025 às 14:48

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Veleiro Atrevida foi construído em 1923, em Bristol, nos Estados Unidos / Divulgação/MCP Yachts

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O veleiro Atrevida, símbolo de Ilhabela, no Litoral Norte de SP, faz jus ao nome: com mais de 100 anos de existência, a embarcação ainda participa de regatas entre os barcos clássicos e tem até uma regata para chamar de sua: a tradicional Alcatrazes Barco Atrevida.

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O barco histórico foi projetado por Nataniel Herreshoff, renomado arquiteto naval do final do século XIX. O veleiro foi construído em 1923 e marca a história da modalidade no País. O que mais chama atenção do Atrevida é o tamanho: são 95 pés ou 29 metros ao todo.

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E não é só isso… O Atrevida tem peso de 90 toneladas, área velica de 210 metros quadrados e 6 toneladas de tensão na adriça e escota. Tem também cinco velas balão de 530 metros quadrados com velocidade máxima de 12 nós.

Apesar de poucos resultados em regatas, Atrevida sempre foi um sucesso pelo seu charme e idade, sendo a atração preferida de quem participa da Semana de Vela de Ilhabela, que acontece todos os anos. A única vitória do veleiro famoso foi em 2021, justamente na regata Alcatrazes por Boreste, que agora leva seu nome.

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Ainda no Litoral Norte de São Paulo, o Diário do Litoral também falou sobre o peixinho que é considerado o símbolo do turismo em São Sebastião.

Saiba mais sobre a história do Atrevida

O primeiro nome do Atrevida foi Wildfire. Assim foi batizado quando foi construído no Estaleiro Herreshoff, em Bristol, nos Estados Unidos. Lançado em 19 de maio de 1923, o barco, moderno para a época, se destacou nas regatas da Nova Inglaterra na década de 1920.

Só em 1946, o veleiro chegou ao Brasil. Mais precisamente ao Iate Clube do Rio de Janeiro (RJ), sob o comando do comodoro Jorge Bhering de Mattos, que o rebatizou de Atrevida. O nome fazia referência ao telegrama de sua esposa que considerava um “atrevimento” um barco de 95 pés.

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Atrevida teve anos de ouro e recebeu visitas ilustres: rainhas, reis, presidentes e artistas nacionais e internacionais. Quando o Rio de Janeiro ainda era a capital federal, o veleiro foi palco de muitos eventos, participou de filmes e tema de músicas. 

Anos mais tarde, quando estava sob posse de um grupo empresarial estrangeiro, o Atrevida quase afundou na Baía de Guanabara. Logo depois, foi abandonado em um estaleiro em Niterói (RJ).

Em 2004, o barco ganhou vida nova! Auro Mourandrade e Manoel Chaves, do estaleiro MCP Yachts, convenceram Gilberto Miranda a revitalizar o modelo dos anos 1920. O barco foi rebocado por um pesqueiro até Santos (SP), onde fica o estaleiro MCP Yachts.

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A restauração da embarcação contou com a ajuda do Museu Herreshoff e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que disponibilizaram os planos originais do Atrevida. O trabalho durou mais de um ano.

Em julho de 2005, após 14 meses de reforma, o veleiro foi lançado novamente e - três anos depois - voltou às origens: a participação em regatas. A partir daí, foram várias disputas das Semanas de Vela de Ilhabela, Semanas de Clássicos de Punda Del Este e outras competições internacionais.

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